19 agosto 2023

( CONTINUAÇÂO DA POESIA...)

       


           Ao contrário...

O que é muito desagradável
 Mas será o mais provável,
   Penso eu cá para mim...
Que é muito melhor o travo,
  Comer primeiro o amargo
  E deixar o doce para o fim.

Mas o futuro a Deus pertence...
A mim é que ninguém convence
   Que o amanhã seja risonho.
    Possivelmente já não vejo,
      Mas o meu maior desejo
É que todos realizem os seus sonhos!

Os que nascem em berços dourados,
      Esquecem os abandonados,
      Fingem ter uma vida ativa.
   Enquanto houver leite na teta,
      Nunca largam a chupeta,
   Andam a mamar toda a vida!

Passamos a vida a aprender
   Sem nunca tudo saber,
   Parece contra natura.
Por mais que a gente estude,
     Acabamos por morrer
    Sem tirar a formatura.

    Eu fiz a quarta classe,
"Obrigatório" que passasse
    Sem hipótese de falhar.
  E como era esta a regra,
Foi total a minha entrega,
    Tive que me aplicar!

Naquele tempo a pobreza
    Era a nossa realeza,
 De sol a sol a trabalhar.
Oitenta por cento analfabetos,
    Eram pais, avos e netos,
Não havia dinheiro para estudar!

Por isso esta universidade
   De nós teve caridade,
A verdade tem que ser dita!
Faz parte da minha história,
  Temos é que ter memória,
   As aulas são gratuitas! 

Desde o dia em que nascemos,
    Se viermos a ter sorte
   De muitos anos viver.
 O que nos está reservado
Será mais tarde recordado,
  É o que eu ando a fazer!

  Estou prestes a terminar
   Esta forma de mostrar
Tudo o que por mim passou.
   Que seja tudo por amor,
   Tento dar o meu melhor
E é por isso que aqui estou!

    Vivendo o dia a dia,
Procurando a paz e harmonia
    De uma forma divertida.
   Não sei se sei, se não sei,
Foram as conclusões que tirei
    Ao longo da minha vida.

                                        Manuel S. Pereira

E pronto. Por hoje é tudo.
Cuidado, o calor vai apertar,
Tenham muito cuidado
Para o sol não vos molestar!

É melhor estar ´a sombra,
Debaixo do chapéu virado pró mar
Com a mala térmica ao lado,
Com uma bebida fresca para refrescar!

E já agora de vez em quando,
Depois da boca refrescar
Tirar o "cuzinho" da toalha
E dar um mergulho no mar!

                             Para todos um ótimo fim de semana!

                                       SANTA
















17 agosto 2023

E ESTA?

E esta? Pois é verdade! Foi um final de tarde um pouco agitada. É que foi descoberto um ninho de abelhas "Asiáticas" ao fundo do meu quintal num carvalheiro bem frondoso e bonito! Claro que o medo toma logo conta de quem o descobre e a primeira coisa foi avisar a Proteção Civil que com ajuda dos bombeiros lá deram uns tiros com um líquido especial para acabar com tais criaturas! Segundo eles disseram, na zona centro tem havido muitas chamadas para situações como esta e que era preciso ter muito cuidado e que era preciso ter uma vigilância séria para os detetar. Tudo acabou bem!


Vamos agora mudar de assunto e aqui vai , como prometi o último verso do meu amigo Manuel S. Pereira:



" MINHA UNIVERSIDADE"

Na universidade da vida,
 De todas a mais antiga,
Todos somos matriculados.
E com o decorrer dos anos,
 E a opção que tomamos,
Ser bem ou mal educados.

Também depende dos progenitores,
   Não é preciso serem doutores,
    Basta que sejam bons pais.
  Para nos chamarem à atenção
     Com uma boa educação
   Que não seja tarde demais...

    Cada qual com o seu signo,
Bom ou mau...temos que esperar,
     Só o futuro nos vai dizer.
    Uma coisa é muito certa...
    Caminhar à descoberta
     Do melhor para viver!

      Consoante a vocação
     Devemos ter ambição,
   Que é uma grande virtude!
Não querer o mal de ninguém,
      Tentando fazer o bem
  E que Deus nos dê saúde!

Foi assim que me ensinaram
Todos os meus descendentes,
    Era assim antigamente.
Com os exemplos que me deram,
  E tudo o que por mim fizeram
   Mas hoje é muito diferente!

Esta universidade da vida,
  É de todos muito amiga
Pra quem a souber respeitar.
   Tem muitas disciplinas,
Mas não pagamos propinas,
   Temos é que trabalhar!

   Trabalhar sem avareza,
Deixando para trás a tristeza
 De uma forma muito hábil.
   Todo o bom trabalhador,
 Se tiver sentido de humor
  Torna a vida mais fácil!

Fazendo as coisas com gosto,
  Mesmo com suor no rosto
    A alegria transparece!
  E eu julgando por mim,
   O trabalho feito assim
 Nem cansa nem aborrece!

 Ser honesto e solidário
Faz parte do meu diário
Cultivando a humildade.
Procuro ser respeitador,
  Viver em paz e amor,
Com alguma felicidade.

Todos os da minha geração
   Tivemos a consolação
De virmos de burro para cavalo.
  Mas prevejo que no futuro,
    Tomem isto em atenção
Vamos de cavalo para burro!

                                            (continua)
Por hoje é tudo um abraço e cuidado com as "ABELHAS ASIÀTICAS" !

                                            SANTA











10 agosto 2023

O QUE A NATUREZA NOS IMPÕE!

 O que a natureza  nos impõe! É mesmo verdade. Tem-nos imposto o calor as inundações, o fogo, os tornados e muito mais coisas. Por sua vez, o homem parece querer cada vez mais ajudá-la! Vendo o que se passa teima em olhar para o lado e continua na sua onda em nada fazer para que tal não esteja á acontecer. Daqui para a frente não se conte com coisas boas pois julgo que o pior ainda está para vir. Que triste fim vamos ter todos!

Mas, mudando de assunto, mais um poema do meu amigo Manuel S. Pereira com o titulo:

"AINDA BEM FELIZMENTE"  

     Ainda bem felizmente!
         Como é diferente
         A vida de agora
    P`rá vida de antigamente.

   Que nostalgia me provoca
Toda esta mudança de hábitos
E maneira de viver... melhor...
   Daquelas de antigamente
Que não deixaram saudades...
  Mas que fazem a diferença
      De nos ter ensinado
     A cultivar a humildade.  

             Só é pena!...
  Que muitos não saibam agora
  Aproveitar a felicidade que têm
Em relação aos tempos de outrora

         Como é diferente
   A luz que agora nos alumia
Comparada à candeia a petróleo
      Que tanto fumo fazia!

Como é diferente a sopa de agora
      Pró caldo de antigamente...
Acompanhado de uma côdea de broa.
                 E depois?
Para conduto, uma sardinha para dois!

Como é diferente para melhor
   E nunca se está contente!
        Como é diferente...
    E ainda bem felizmente!

      Como era diferente
A enxerga que me servia de leito
    Para o colchão ortopédico 
     Em que agora me deito!

Como são diferentes os sapatos
E ténis que agora usam nos pés
Que servem só para um mês...
Porque com esta vaidade toda,
    Passado não muito tempo
      Já estão fora de moda!

           Antigamente...
Tesos que nem um carapau,
Só se tinham umas tamancas
    E umas sandálias de pau.

       Como é diferente...
E nunca se está contente!!!

      Como são diferentes
 Os fogões elétricos e a gás
Comparando com o lume de 
         antigamente...
     Em que para acender,
Pinhas e gravetos tinha-mos que ter
      Para melhor incendiar
     E a outra lanha queimar.

       Como são diferentes 
  As ruas e as estradas de agora
Comparando com as de antigamente...
   Que para nos invernos andar
  Parecíamos uns salta-pocinhas
    Tais eram os de água,
   Que para nossa mágoa,
    Nos encharcavam os pés
    Com tudo de lés a lés.

    A roupa molhada 
 Que á noite se despia,
    Era enxuta ao lume
 Numa cadeira estendida,
Para no outro dia de manhã
  Se voltar a levar vestida!

  Quando eu ia para escola,
    Em dias de chuva e frio,
    Vestia-me a minha mãe...
   Um velho casaco do meu pai
Que como tinha as mangas compridas
      Fazia de luvas também!

   Como são diferentes
   Os tempos de agora
 P`rá vista de antigamente
Mas... ainda bem, felizmente
E... nunca se está contente!!!...

                              Manuel S. Pereira

(Para a próxima vai o último)

Por aqui me fico hoje! Um grande abraço para todos 
          
                                  SANTA















07 agosto 2023

Então, mais uma vez por cá?





É verdade. Já lá vão uns anos desde que estive cá pela primeira vez na Estação Termal da Sulfúria...

Desta vez, vou fazer uma "ronda", fotografar, e publicar o "material" recolhido.

     

🚘🚘🚘🚘🚘🚘🚘🚘🚘🚘🚘🚘🚘

AO CHEGAR
Um Troço de Plátanos Como em Outras Zonas 
TERMAIS


SINALIZAÇÃO
Infalível 


EDIFÍCIO 
 TERMAS DA SULFÚREA
Cabeço de Vide 
(balneário atual)


A NASA
Estuda as Águas das Termas da SULFÚREA 
Únicas no Mundo 




EDIFÍCIO 
do
  Antigo Balneário Construído
Sobre
Balneário Romano 


PLACA 
Alusiva a Melhoramentos
(Século XIX)


O AZUL
Como Elemento Decorativo 
 

ANTIGO BUVETE
Tudo Muito Bem Conservado 

🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳

ZONAS ENVOLVENTES

🏖️


"PISCINA"
Fluvial das Termas da Sulfúria
Aproveita o Curso de Uma
Ribeira 


QUASE DESERTA 
Sexta Feira 


 FIM DE SEMANA 
Início da Tarde 


FINAL DE TARDE 


"OBRIGATÓRIO"
Beber D'esta Água 

🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳🌳


JARDIM / PARQUE
Com
Arvoredo de Grande Porte 


                              HOTEL
                         Sobre Rodas


CLAREIRA 
Em Passeio Sob Plátanos


EDIFÍCIO
Antiga Estação Ferroviária de
Cabeço de Vide 



ECOPISTA
Construída Sobre 
Antiga Linha Ferroviária 







FIM

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O AUTOR
Fografado em Lione
Moçambique
MCMLXIX

😃😃😃😃😃😃😃😃😃😃😃😉😃

01 agosto 2023

RELEMBRAR ABRIL...

 Do camarada de guerra e deficiente Manuel Serrano, e já agora que começaram os preparativos dos cinquenta anos do 25 de Abril, aqui vai uma poesia dedicada aos Combatentes e Capitães de Abril:

           Lá longe...
Onde o sol castiga mais,
Com o tradicional cacimbo
  E as chuvas torrenciais!

           Lá longe...
Em terras de além-mar.
Onde com magia e arte,
   A guerra fazia parte
 Da nossa vida militar!

Mas com orgulho e prestígio e
           humildade,
    O que muito nos apraz,
 Fizemos um pouco de história
Em emissões de guerra e de paz.

  Demos o melhor da nossa vida,
Pelo nosso Portugal muito amado!
   À sombra de uma bandeira,
 Que tem no verde a esperança
           E no vermelho
A cor do sangue por muitos derramado!

Percorrendo milhares de quilómetros,
        Ora a pé ora de viatura,
          Sob o sol abrasador...
      Quer de noite quer de dia,
         Para nós tanto fazia,
    Com lágrimas sangue e suor.

           Atolados nas bolanhas
   Ou calcorreando montes e vales,
Sempre com o pensamento no Puto.
       Por aquelas picada fora, 
   Muito bem me lembro agora,
   Onde o medonho era bruto!

      Vivia-se em sobressalto 
     A cada hora e momento,
  Pensando nos entes queridos.
Porque quando menos se esperava,
     Podia surgir uma rajada,
  Provocando mortos e feridos!

  Era mais uma emboscada,
Que nos tinha sido montada,
      Nessa vida...lotaria!
   Fitando os olhos no céu
 Restava-nos pedir a Deus 
     A Paz e a Democracia!

Foi então que esses meus camaradas,
    Militares das Forças Armadas,
  Para que tudo se modifique...
      Sabendo o que lutaram,
    E por aquilo que passaram
 Em Angola, Guiné e Moçambique.

Pensaram pôr fim a uma guerra,
    Que tantas mortes causou,
     Foram mais de dez mil...
     Numa atitude louvável,
      Nesse dia memorável
O VINTE E CINCO DE ABRIL!

Essa histórica madrugada,
Em todos deixou gravada
  Tão grande recordação!
Os soldados deram brado,
Os progéteis foram cravos
  Vila Morena a canção!

Foram esses bravos militares
    Que tiveram a coragem 
Com muita serenidade e bravura,
    De fazerem uma revolução
  E acabaram com a tradição 
     Dessa velha ditadura!

Para quem viveu essa guerra,
  Ainda não muito distante,
Nunca deixa de ter presente
    As sequelas que deixou...
    E para sempre ficaram
Visíveis no corpo e na mente.

   Que nunca sejam esquecidos
   Esses Capitães Valentes,
    Dessa minha geração!
  Porque puseram fim á guerra
  Devolvendo a paz á nossa terra
A MINHA ETERNA GRATIDÃO!

                                 Manuel S. Pereira

Para todos um grande abraço
               
                   SANTA