O que a natureza nos impõe! É mesmo verdade. Tem-nos imposto o calor as inundações, o fogo, os tornados e muito mais coisas. Por sua vez, o homem parece querer cada vez mais ajudá-la! Vendo o que se passa teima em olhar para o lado e continua na sua onda em nada fazer para que tal não esteja á acontecer. Daqui para a frente não se conte com coisas boas pois julgo que o pior ainda está para vir. Que triste fim vamos ter todos!
Mas, mudando de assunto, mais um poema do meu amigo Manuel S. Pereira com o titulo:
"AINDA BEM FELIZMENTE"
Ainda bem felizmente!
Como é diferente
A vida de agora
P`rá vida de antigamente.
Que nostalgia me provoca
Toda esta mudança de hábitos
E maneira de viver... melhor...
Daquelas de antigamente
Que não deixaram saudades...
Mas que fazem a diferença
De nos ter ensinado
A cultivar a humildade.
Só é pena!...
Que muitos não saibam agora
Aproveitar a felicidade que têm
Em relação aos tempos de outrora
Como é diferente
A luz que agora nos alumia
Comparada à candeia a petróleo
Que tanto fumo fazia!
Como é diferente a sopa de agora
Pró caldo de antigamente...
Acompanhado de uma côdea de broa.
E depois?
Para conduto, uma sardinha para dois!
Como é diferente para melhor
E nunca se está contente!
Como é diferente...
E ainda bem felizmente!
Como era diferente
A enxerga que me servia de leito
Para o colchão ortopédico
Em que agora me deito!
Como são diferentes os sapatos
E ténis que agora usam nos pés
Que servem só para um mês...
Porque com esta vaidade toda,
Passado não muito tempo
Já estão fora de moda!
Antigamente...
Tesos que nem um carapau,
Só se tinham umas tamancas
E umas sandálias de pau.
Como é diferente...
E nunca se está contente!!!
Como são diferentes
Os fogões elétricos e a gás
Comparando com o lume de
antigamente...
Em que para acender,
Pinhas e gravetos tinha-mos que ter
Para melhor incendiar
E a outra lanha queimar.
Como são diferentes
As ruas e as estradas de agora
Comparando com as de antigamente...
Que para nos invernos andar
Parecíamos uns salta-pocinhas
Tais eram os de água,
Que para nossa mágoa,
Nos encharcavam os pés
Com tudo de lés a lés.
A roupa molhada
Que á noite se despia,
Era enxuta ao lume
Numa cadeira estendida,
Para no outro dia de manhã
Se voltar a levar vestida!
Quando eu ia para escola,
Em dias de chuva e frio,
Vestia-me a minha mãe...
Um velho casaco do meu pai
Que como tinha as mangas compridas
Fazia de luvas também!
Como são diferentes
Os tempos de agora
P`rá vista de antigamente
Mas... ainda bem, felizmente
E... nunca se está contente!!!...
Manuel S. Pereira
(Para a próxima vai o último)
Por aqui me fico hoje! Um grande abraço para todos
SANTA
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