10 agosto 2023

O QUE A NATUREZA NOS IMPÕE!

 O que a natureza  nos impõe! É mesmo verdade. Tem-nos imposto o calor as inundações, o fogo, os tornados e muito mais coisas. Por sua vez, o homem parece querer cada vez mais ajudá-la! Vendo o que se passa teima em olhar para o lado e continua na sua onda em nada fazer para que tal não esteja á acontecer. Daqui para a frente não se conte com coisas boas pois julgo que o pior ainda está para vir. Que triste fim vamos ter todos!

Mas, mudando de assunto, mais um poema do meu amigo Manuel S. Pereira com o titulo:

"AINDA BEM FELIZMENTE"  

     Ainda bem felizmente!
         Como é diferente
         A vida de agora
    P`rá vida de antigamente.

   Que nostalgia me provoca
Toda esta mudança de hábitos
E maneira de viver... melhor...
   Daquelas de antigamente
Que não deixaram saudades...
  Mas que fazem a diferença
      De nos ter ensinado
     A cultivar a humildade.  

             Só é pena!...
  Que muitos não saibam agora
  Aproveitar a felicidade que têm
Em relação aos tempos de outrora

         Como é diferente
   A luz que agora nos alumia
Comparada à candeia a petróleo
      Que tanto fumo fazia!

Como é diferente a sopa de agora
      Pró caldo de antigamente...
Acompanhado de uma côdea de broa.
                 E depois?
Para conduto, uma sardinha para dois!

Como é diferente para melhor
   E nunca se está contente!
        Como é diferente...
    E ainda bem felizmente!

      Como era diferente
A enxerga que me servia de leito
    Para o colchão ortopédico 
     Em que agora me deito!

Como são diferentes os sapatos
E ténis que agora usam nos pés
Que servem só para um mês...
Porque com esta vaidade toda,
    Passado não muito tempo
      Já estão fora de moda!

           Antigamente...
Tesos que nem um carapau,
Só se tinham umas tamancas
    E umas sandálias de pau.

       Como é diferente...
E nunca se está contente!!!

      Como são diferentes
 Os fogões elétricos e a gás
Comparando com o lume de 
         antigamente...
     Em que para acender,
Pinhas e gravetos tinha-mos que ter
      Para melhor incendiar
     E a outra lanha queimar.

       Como são diferentes 
  As ruas e as estradas de agora
Comparando com as de antigamente...
   Que para nos invernos andar
  Parecíamos uns salta-pocinhas
    Tais eram os de água,
   Que para nossa mágoa,
    Nos encharcavam os pés
    Com tudo de lés a lés.

    A roupa molhada 
 Que á noite se despia,
    Era enxuta ao lume
 Numa cadeira estendida,
Para no outro dia de manhã
  Se voltar a levar vestida!

  Quando eu ia para escola,
    Em dias de chuva e frio,
    Vestia-me a minha mãe...
   Um velho casaco do meu pai
Que como tinha as mangas compridas
      Fazia de luvas também!

   Como são diferentes
   Os tempos de agora
 P`rá vista de antigamente
Mas... ainda bem, felizmente
E... nunca se está contente!!!...

                              Manuel S. Pereira

(Para a próxima vai o último)

Por aqui me fico hoje! Um grande abraço para todos 
          
                                  SANTA















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