Por: F. Santa
Sempre que se
fala na guerra, comenta-se de tudo. É
verdade.
E nesse tudo, não podiam deixar de estar presentes as histórias em que entrou a “Berliet” como nossa companheira em tantas aventuras por aquelas picadas fora. É justo também que no nosso blog lhe seja feita a justa homenagem!
E nesse tudo, não podiam deixar de estar presentes as histórias em que entrou a “Berliet” como nossa companheira em tantas aventuras por aquelas picadas fora. É justo também que no nosso blog lhe seja feita a justa homenagem!
Nas densas
matas (no nosso caso em Moçambique), a quilómetros de distância, já se ouvia o
seu “roncar”. Era inconfundível !!
Aqui está o
seu bilhete de identidade:
Nasceu no
Tramagal.
Comprimento
máximo: 7.28M – largura: 2.4M – Altura 2.7M.
Peso vazio
8oooKg – Capacidade de carga 5000 Kg.
O seu sistema
de tracção: 4 rodas motrizes.
Motor:
Magik MK520 multi-combustível 5cl 7900cc
Potência 125 cv.
Velocidade
Máx: 80 Km/h.
Tanque de
combustível: 95 litros.
Autonomia:
Mx: 563 Km.
Guincho
mecânico.
Bloqueio de
diferenciais traseiros
Estanquicidade
do motor e depósito de combustível para submersão é até cerca de 1,5 m.
Vamos agora às fotos:
Esta já fora
apanhada numa emboscada. São visíveis no pára-brisas três buracos de bala. Resultado:
dois mortos e alguns feridos.
(história já contada atras neste blog)
No tempo das chuvas, quantas vezes ela foi a
nossa salvação. Os mantimentos escasseavam e só ela poderia ir ter connosco e
vencer aquelas picadas lamacentas. Eu que o diga quando estive no célebre
aquartelamento de Matipa! Muitos não gostavam dela. Pois é: era preciso
conhece-la! Neste caso, tivemos na nossa companhia o nosso camarada condutor (já
falecido) Joaquim Maluco!! Era assim que era conhecido. E ele era tão maluco
como ela (a Berliet). Eram os dois tão dedicados que obedeciam um ao outro com
toda a dedicação sem comprometerem a sua missão. É o que eu digo: conhecendo-a
era um prazer conduzi-la. Mas claro: no tempo das chuvas, as picadas também lhe
pregavam algumas partidas em que ela própria precisava de ajuda. Uma cavadela
de um lado, cavadela do outro e ela fazia o resto. Amiga: bem hajas para
sempre! Pois como nós sofremos, muitas das tuas irmãs sofreram com as malditas
minas. Muitas delas sucumbiram para sempre (vós que estais aqui nas fotos nunca
passastes por isso... pelo menos connosco). Agora ficarem atascadas na lama até ao “joelho”, como na foto, maning de
vezes!! Fica a lembrança e a saudade. Nas nossas histórias estarás sempre
presente.
Se alguém souber mais alguma coisa sobre ela, que
conte.
Para a próxima irei dar a conhecer o Hospital Militar de
Coimbra. A sua divulgação é importante.
Um abraço para todos do SANTA
Olá camaradas! Desta vez é só para informar que já podem contactar comigo em: fsanta1945@gmail.com
ResponderEliminarUm abraço. SANTA.
JA AGORA,AQUI VAI8 O MEU CONTATO. NUNOVIVALDO@GMAIL.COM
ResponderEliminarTambém eu as conduzi. Eram belas máquinas. Estive em Angola de Abril de 67 a Junho de 69. Pertenci ao Batalhão 1909 Companhia 1676.
ResponderEliminarFaz precisamente hoje 48 anos (dia 24 de Abril de 67) que cheguei a Angola. Permaneci em Luanda cerca de 3 semanas para tirar o estágio das Berliet. Seguindo depois para o Mucondo onde estive até Abril de 68. Onde andei com a ME-18-44. Fui depois para Luanda onde fui levantar ao Asma A MX-18-47 completamente nova e com ela andei até 19/06/69. Neste último espaço de tempo estivemos na Rede e na Fazenda Margarido e de novo na Rede até ao fim da comissão. Com estes 2 carros passei de tudo um pouco. Desde a época das chuvas ao cacimbo. E digo era um carro excepcional. Nunca ficava atascado. Sempre os tirei pelos seus próprios meus. Pertenci ao Batalhão de Cacadores1909. Companhia 1676. (Confesso que nos 2 primeiros meses também tive alguma dificuldade em trabalhar com elas). Era o condutor Rosa
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