Quanto mais leio o livro do Carlos Silva mais aprecio o que era realmente a sua veia poética, veia poética de um rapaz simples e humilde mas também com espírito brincalhão.
O CORAÇÃO DOS HOMENS
O homem deve ao coração
Quase tudo o que vale
Por um dever de gratidão
Nunca o deve tratar mal
Será que o nosso coração
Por ser uma coisa tão bela tão boa
Como jóia rara de estimação
É que Deus só deu um a cada pessoa
O coração está doente
Sem ele próprio saber
Não há coração que aguente
Uma vida inteira a bater
Os que da sua terra abalaram
Trouxeram-na no coração
Outros, lá o deixaram
Todos pela mesma razão
Batemos com a mão no peito
Para dos pecados pedir perdão
Todos procuramos o jeito
De atribuir culpas ao coração
Como é que um pobre coração
Tanto consegue aguentar
As lágrimas lhe dão razão
Sempre que os olhos ele faz chorar
Quem anda na vida assustado
Por o coração o trair um dia
Será que com ele teve cuidado
Ou se esqueceu que ele existia?
Quando o coração não acorda
Nada mais dele podemos esperar
Não é como o relógio sem corda
Que se lha derem volta a trabalhar
O vinhateiro sensato e prudente
Não arranca a vinha depois de a vindimar
Já assim não é a vida da gente
Que abandona o coração depois de explorar
Meu coração fala para mim
Mas nem sempre me dá razão
Ás vezes para dizer que sim
Tem primeiro que dizer que não
Se de mim a tristeza se apoderar
E em ninguém encontrar consolação
Não se riam se me virem chorar
Debruçado no meu bom coração
O coração de uma mulher
Se por ciúmes o homem deixa
Dele faz o que bem quer
E ainda por cima se queixa
(continua)
Era assim o nosso companheiro da 2415. Com uma imaginação sem fim. Nunca podemos esquecer de um companheiro assim. O seu livro com quatrocentas páginas, diz tudo o que realmente ele era!
Uma boa semana para todos
SANTA
O CORAÇÃO DOS HOMENS
O homem deve ao coração
Quase tudo o que vale
Por um dever de gratidão
Nunca o deve tratar mal
Será que o nosso coração
Por ser uma coisa tão bela tão boa
Como jóia rara de estimação
É que Deus só deu um a cada pessoa
O coração está doente
Sem ele próprio saber
Não há coração que aguente
Uma vida inteira a bater
Os que da sua terra abalaram
Trouxeram-na no coração
Outros, lá o deixaram
Todos pela mesma razão
Batemos com a mão no peito
Para dos pecados pedir perdão
Todos procuramos o jeito
De atribuir culpas ao coração
Como é que um pobre coração
Tanto consegue aguentar
As lágrimas lhe dão razão
Sempre que os olhos ele faz chorar
Quem anda na vida assustado
Por o coração o trair um dia
Será que com ele teve cuidado
Ou se esqueceu que ele existia?
Quando o coração não acorda
Nada mais dele podemos esperar
Não é como o relógio sem corda
Que se lha derem volta a trabalhar
O vinhateiro sensato e prudente
Não arranca a vinha depois de a vindimar
Já assim não é a vida da gente
Que abandona o coração depois de explorar
Meu coração fala para mim
Mas nem sempre me dá razão
Ás vezes para dizer que sim
Tem primeiro que dizer que não
Se de mim a tristeza se apoderar
E em ninguém encontrar consolação
Não se riam se me virem chorar
Debruçado no meu bom coração
O coração de uma mulher
Se por ciúmes o homem deixa
Dele faz o que bem quer
E ainda por cima se queixa
(continua)
Era assim o nosso companheiro da 2415. Com uma imaginação sem fim. Nunca podemos esquecer de um companheiro assim. O seu livro com quatrocentas páginas, diz tudo o que realmente ele era!
Uma boa semana para todos
SANTA
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