Dia 1 de Novembro. Dia em que lembramos os familiares, amigos e companheiros que já partiram deste mundo, não podíamos esquecer os nossos camaradas da 2415 que também já nos deixaram e desejar que as suas almas descansem em paz.
Encontrei no livro do nosso ente-querido Carlos Silva, um pequeno texto com o titulo:
"DEPOIS DO FIM, CONTINUA O QUE NÃO TEM FIM"
O destino, ou seja lá quem for que nos leva a vida, é como o vento cruel que não devolve a folha ao ramo da árvore depois de ter soprado e atirado ao chão. A Natureza que faz brotar a água da bica da fonte de cima para baixo sem não mais a devolver à nascente para voltar de novo a nascer,como o rio que tem sempre o mesmo local de partida e o mesmo local de chegada inclinada de cima para baixo é que assim todos os «os santos ajudam». O homem pode interromper o percurso mas não pode inverter a marcha nem conter totalmente a corrente mesmo que queira. Em relação ao sol por ser o único elemento da natureza em que o homem não pode chegar nada pode fazer para o impedir de nascer e morrer, e porque havia de o fazer se tem a certeza que isto está sempre a acontecer? Para que haja a noite e o dia tem tem ele mesmo que nascer e morrer. Assim como a folha que nasce e morre uma só vez a água que nasce e percorre o seu curso natural e morre no lago ou no mar como o rio uma vez nascido a morte é inevitável. A vida humana não tem o estatuto do vento, do sol e da lua nem o homem tem condição de poder dizer que a vida é sua. A natureza renova a vida naturalmente por si mesma. O homem renova-se através dos seus descendentes e é por isso que ele vive preocupado até ao fim, e, pergunta como será isto depois de mim? Pensando bem a preocupação maior é ter de se preocupar também com a vida depois do fim.
Por fim!... Por fim: havemos de chegar todos ao fim da nossa era, acompanhados ou sós, ao fim da picada, ao fim de nós, ao fim da rua, enfim!... A vida é assim, mas por fim, antes o fim do princípio que o princípio do fim, pois sim, é o fim do fim, mas o tempo continua, porque esse não tem fim.
Adeus até sempre/ convosco queria ficar/ mas nesta vida da gente/ não somos senhores de mandar
E termina assim:
Um ignorante pensador como eu, pouco instruído inculto e com o sonho iludido, se não fosse o coração que de Deus me deu, que ás vezes vê, ouve e fala, outras vezes fica cego surdo e mudo, e sempre que se cala, só pode ser por timidez, humildade, intimidade ou sensatez!...
Espero que todos tenham um óptimo fim de semana.
Um abraço SANTA
Encontrei no livro do nosso ente-querido Carlos Silva, um pequeno texto com o titulo:
"DEPOIS DO FIM, CONTINUA O QUE NÃO TEM FIM"
O destino, ou seja lá quem for que nos leva a vida, é como o vento cruel que não devolve a folha ao ramo da árvore depois de ter soprado e atirado ao chão. A Natureza que faz brotar a água da bica da fonte de cima para baixo sem não mais a devolver à nascente para voltar de novo a nascer,como o rio que tem sempre o mesmo local de partida e o mesmo local de chegada inclinada de cima para baixo é que assim todos os «os santos ajudam». O homem pode interromper o percurso mas não pode inverter a marcha nem conter totalmente a corrente mesmo que queira. Em relação ao sol por ser o único elemento da natureza em que o homem não pode chegar nada pode fazer para o impedir de nascer e morrer, e porque havia de o fazer se tem a certeza que isto está sempre a acontecer? Para que haja a noite e o dia tem tem ele mesmo que nascer e morrer. Assim como a folha que nasce e morre uma só vez a água que nasce e percorre o seu curso natural e morre no lago ou no mar como o rio uma vez nascido a morte é inevitável. A vida humana não tem o estatuto do vento, do sol e da lua nem o homem tem condição de poder dizer que a vida é sua. A natureza renova a vida naturalmente por si mesma. O homem renova-se através dos seus descendentes e é por isso que ele vive preocupado até ao fim, e, pergunta como será isto depois de mim? Pensando bem a preocupação maior é ter de se preocupar também com a vida depois do fim.
Por fim!... Por fim: havemos de chegar todos ao fim da nossa era, acompanhados ou sós, ao fim da picada, ao fim de nós, ao fim da rua, enfim!... A vida é assim, mas por fim, antes o fim do princípio que o princípio do fim, pois sim, é o fim do fim, mas o tempo continua, porque esse não tem fim.
Adeus até sempre/ convosco queria ficar/ mas nesta vida da gente/ não somos senhores de mandar
E termina assim:
Um ignorante pensador como eu, pouco instruído inculto e com o sonho iludido, se não fosse o coração que de Deus me deu, que ás vezes vê, ouve e fala, outras vezes fica cego surdo e mudo, e sempre que se cala, só pode ser por timidez, humildade, intimidade ou sensatez!...
Espero que todos tenham um óptimo fim de semana.
Um abraço SANTA
Mais uma vez me sinto tão pequeno perante tanta sabedoria e, mais do que isso, coragem, aquilo que falta à maioria do mundo e que ele tão bem conhecia. A minha admiração e respeito são cada vez maiores pela sua memória.
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