28 janeiro 2024

TUDO CONTINUA NA MESMA?...

Hoje, 28 de Janeiro, a tarde está cinzenta como cinzento está cada vez mais o Mundo! O mundo em que vivemos, traz-nos dia a dia notícias e imagens (como se costuma dizer) de nos pôr o cabelo em pé!
Falar das guerras, acho que não vale a pena. Pois os homens não pensam em acabar com elas antes pelo contrário, quanto mais guerras melhor! Falar dos políticos da nossa praça, oh meu Deus! Que ricos políticos temos no nosso quintal! Pelos vistos sabem é governar-se a si próprios porque a nós povo é o que menos lhes interessa. Agora voltamos ao mesmo, temos eleições e cantam todos o mesmo fado cujo titulo é: "Eu é que dou mais"! Mas será que o povo ainda acredita? É que quando há eleições o fado tem sido o mesmo e depois vai-se a haver á umas esmolas e pouco mais! Mas os senhores pelos vistos governam-se bem, é só ver e ouvir os telejornais! Mas que triste sina a nossa.
Quanto ao resto, é o pão nosso de cada dia: assaltos, tiros nas ruas, assassinatos á facada, pancadaria nas escolas, carros apedrejados, pessoas a pedirem na rua para arranjarem comer, falta de respeito á que chegue para dar e vender etc, etc, etc,... Que lindo país temos e tão mal governado tem sido. Em quem é que podemos acreditar? Pergunto eu!

Mudando agora de assunto, basta de bater na mesma tela, como prometi aqui vai o poema. Este poema foi editado no jornal ELO da A.D.F.A. em Janeiro de 1976 por um associado:


    "MEU CAMARADA COMANDO"


Meu camarada Comando                   amputações torturas no corpo              
Meu camarada Comando                   E na alma... Era despojo de guerra!            
Meu camarada soldado                      Mas foi o meu despertar
Fala-te um homem marcado             Da longa noite de sono;
Com cicatrizes no corpo.                    Da longa noite de cego;
Foram essas marcas da carne           Da carne que fui p`ra canhão!
De quando era Comando                  - Meu camarada Comando
Que me rasgaram na alma                Meu camarada soldado
O véu da submissão,                          Meu camarada irmão
O véu do obscurantismo,                   Eu sou um homem marcado
O véu da escravidão,                         Do tempo que fui Comando
Que me tapava a razão                     Mas hoje apenas soldado.
Do servo fiel do fascismo!                Não sou melhor nem pior;
- Eu era forte, irmão!                       Nem sou sequer diferente
Eu era robusto e valente;                 Eu sou apenas do Povo
Eu ia sempre na frente!                   Como fui antigamente
Eu tive uma «cruz de guerra»...      No tempo em que guardei gado.
Lá... longe da minha terra.              Transporto no corpo o meu fardo
-Meu camarada Comando               Dos tempos que fui Comando
Meu camada soldado:                      Mas numa alma esclarecida
Medita só um bocado                      Trago mensagens de vida.
Na triste realidade                           - Fala-te um mutilado
Do que é um homem marcado        Com muitos mil a seu lado      
Por lutar contra a verdade!            Muitos Comandos penando
...- Um certo dia distante,                Milhares de homens sofrendo
Na terra dos Africanos                    Não queiras ser o que eu fui
Um jovem cheio d`enganos             Um fratricida iludido
Rebenta a «mina» fatal.                  Um Comando Comandado 
Meu corpo jovem e forte                 Contra um Povo oprimido!
Andou entre a vida e a morte.
Depois:
Foi o sofrimento... o hospital,

                                                                 ANTÓNIO ALDEIA NOVA

      Sendo assim, termino por hoje desejando a todos uma boa semana que se aproxima, que seja uma semana com muita saúde e paz.

      SANTA





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