Há dias atrás os vários telejornais atiraram-nos insistentemente com a noticia de que o Primeiro Ministro António Costa estava de visita a Moçambique. Logo fiquei de olho querendo saber o porquê. Não foi dificil, e no meio das "marrabentas" que ele costuma dançar mal demais, fazendo tristes figuras (há quem goste! O R.A.P. até nos faz ir às lágrimas), deu logo para ver que o nosso Primeiro foi "catrapiscar" o olho ao Presidente Nyuse para abrir a torneira do gás em Cabo Delgado em direção a Sines, acentuando com ênfase que toda a Europa com Herr Scholz à cabeça jamais esquecerão tamanha atitude.
Em resposta o Presidente dizia que preferia parcerias mais viradas para a agricultura e a pecuária... blá... blá... E, ainda esclareceu para que não restassem dúvidas, desde que os valores não fossem superiores a 50 milhões de dólares, tudo seria mais fácil e rápido de ultrapassar. Inclusivé, aproveitando as enormes boas vontades entre os PALOP´s para não mais ser necessário a concessão de vistos de entrada em ambos os países.
Mas, há sempre aquele "mas", o nosso habilidoso Primeiro, com uma lágrima no canto do olho, lembrou-se da cereja no topo do bolo, e não foi de modas, ao fim de meio século entrou de novo com toda a força por Wiriamu adentro.
( Ler AQUI o resumo do discurso).
Acreditem que não estou contra o que ele disse, é mais do mesmo, até porque está na moda e não têm deixado de o fazer, países como Alemanha (holocausto) Estados Unidos (escravatura) e até o Vaticano com o Papa Francisco (pedofilia e outros), virem a público mostrar arrependimento e pedirem perdão pelo mal que fizeram.
Nós, como sempre, lá fomos a reboque e o nosso Primeiro Ministro lá pediu desculpas ao povo moçambicano pelo dito massacre.
Quanto a mim fê-lo fora do prazo, já em Fevereiro de 2012 o nosso blog havia também denunciado o dramático acontecimento, dirigindo-o até às autoridades internacionais. (Conferir AQUI...) Daí o Senhor Primeiro Ministro, além do mais, vir atrasado 10 anos.
Assim e, sendo as coisas como são, a história não esconde nem mente, porque não exigirmos também ao lado contrário o mesmo pedido de desculpas? Afinal os massacres tiveram inicio em 1961 em Camabela, Angola, onde os movimentos de libertação chacinaram milhares de portugueses, incluindo muitas crianças. ( Ver AQUI...)
A terminar, pergunto-lhe Sr. Primeiro Ministro: Alguma vez se lembraria de pedir desculpas se Moçambique não tivesse tantas reservas de gás? (sem ofensa).
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