Quando os passarinhos cantam, eu choro,
Mas que não se zanguem comigo, porque eu os adoro,
A sua voz, ao cair da noite, faz-me lembrar alguém que já não existe,
Por isso o seu cantar, me deixa ainda mais triste,
Quando ouço o som da sua voz, sair do meio do deserto,
Mantenho o silêncio, para sentir tudo mais de perto,
Então, novo no passarinho, uma voz enternecida,
Pensando talvez, por quem vai ser ouvida?
Será por alguém, que se considera um passarinho perdido,
Ou será por alguém, para que a vida já não faz sentido?
Será talvez, um passarinho, que eu penso que canta, e ele chora,
Procurando o filhinho, que saiu do ninho, e foi embora,
Cheio de mágoa, procura no deserto,
E aí, larga a sua voz, mas a solidão, cada vez está mais perto...
Maria Irene Nunes Pereira Lopes
(Continua)
Um abraço. SANTA.
Sem comentários:
Enviar um comentário