10 setembro 2016

VOLTAMOS À POESIA...

Mais uma poesia do nosso camarada da 2415 Carlos Silva. Refere-se ao pastor Alentejano e ao seu fiel amigo rafeiro, cão Alentejano.
Ora então aqui vai...

  O pastor teve um amigo
Que de todos era o primeiro
  Andava sempre consigo
pra chamar dava um latido
Fiel amigo e companheiro

Se estava alegre e bem disposto
  Punha a cauda enrolada
Como o sol do mês de Agosto
  De manhã ao sol posto
Língua de fora bem molhada

Sentinela alerta sem sono
  Quase sempre acordado
Lambia as feridas do dono
Não o deixava ao abandono
  Tinha o faro bem apurado

Não há cão mais inteligente...
  Que o rafeiro Alentejano
  Só não fala como gente
  Mas é meigo e obediente
Que até lhe chamam mano

  Quando o barbado morreu
O pastor trise e amargurado
   Nunca mais o esqueceu
Desde a hora em que o perdeu
   Até ele estranha o gado

Este nosso amigo surpreendo-nos com vários poemas que foi trabalho de muitos anos. Tem para cima de uma centena. A sua sensibilidade popular, na minha opinião é muito boa. Quem olhar para ele, não o vê como poeta! Como camarada da 2415, é justo que se faça conhecer a sua faceta de poeta.
Um abraço para ti Carlos Silva.




Para quem não conhece, aqui está uma das raças de cão rafeiro alentejano.

Do Santa para todos, um grande abraço.

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