De quem havia de ser: Carlos Silva!
O melro de negro vestido
De bico alaranjado
Anda triste comovido
Sem saber cantar o fado
Ó tu que voas tão alto
Tocando o céu é as estrelas
As penas te dão sobressalto
Se um dia vieres a perdê-las
Dizem que és viúvo alegre
Só por cantares de luto
Não há ninguém que medre
Tendo a tristeza ao conduto
Esvoaçando assobia
É dono deste pomar
Tiveste a tua alegria
Sábias o que era cantar
Porque és tão preto por fora
Como te sentes por dentro
Só sabe quem mora
O que vai no convento
Ó melro canta no silvado
Que eu quero adormecer
Ouvindo esse trinado
Que acalma o meu sofrer
Muito gostas de fazer
O ninho no verde salgueiro
Como tu gostas de ser
Cantante em alto poleiro.
Termina aqui a pequena homenagem que o nosso blog prestou ao nosso companheiro da 2415 Carlos Almeida da Silva. Além da poesia, ele é muito mais coisas. Para ti, um grande abraço e ficamos á tua espera em Maio do próximo ano, no almoço da Companhia que se vai realizar em Coimbra.
É assim. Poesia é poesia! Um abraço de fim de semana!
SANTA
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