Mais uma vez, do nosso camarada Carlos Silva, aqui vai mais uma das suas poesias.
Quem faz da solidão
A sua melhor companhia
Faz de alma e coração
A mais rígida poesia
Os sinos dobrando choram
Com a partida de alguém
As paixões que nos devoram
São as que a gente não tem
A liberdade que eu canto
Não aprendi na escola
Sou como as aves do campo
Antes o céu que a gaiola
Passarinho tem cuidado
Que a vida é uma ilusão
Antes livre pobre e honrado
Do que rico na prisão
De roxo se cobre a terra
De penas o coração
Vai o lírio à Primavera
Ao peito tristezas vão
De arma e baioneta
Na farda palma brilhante
Melhor fora capa preta
Aos ombros de um estudante
Se algum amigo morrer
Havemos de chorar
O que lhe viemos trazer
Já lho não podemos dar
E é assim que corre o tempo. Parece que não, mas muitas vezes a poesia alimenta-nos nas horas de solidão.
Para todos, boa continuação. Um abraço. SANTA.
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