Meias-verdades... meias-mentiras !!

 Pensei em fazer um comentário ao post anterior do Santa, mas porque o que vou dizer será um pouco extenso, achei melhor escrever a mensagem.

Ao ler o seu texto veio-me à memória que aquando da composição do actual governo havia uma impensável novidade, uma nova Secretaria de Estado para os assuntos dos Ex-combatentes tendo à sua frente, estranhamente (digo eu), uma senhora de nome Catarina Sarmento Castro. Na altura até achei "piada" a coincidência de termos o mesmo sobrenome.

Mas, como em tudo na vida, devemos ter a devida paciência, e saber esperar pelos resultados. Digo, com franqueza, que devido ao desprezo como sempre fomos tratados ao longo de tantos anos, foi assunto de que me esqueci. Até que surgiu, agora, qualquer coisa sobre a matéria  que, após uma leitura apressada, entendo o seguinte das idéias da Sra. Secretária de Estado.

Mas, antes, dizer que aquilo que o Santa descreve sobre os deficientes em  Coimbra revolta-me e, por isso, continuo a pensar do mesmo modo, como até agora.

Foi em Dezembro de 2019 que este Governo aprovou, para ser debatida na Assembleia da Republica, uma proposta da dita Sra. Secretária de Estado (aqui a mostrar trabalho), que cria um complemento especial da pensão de 7%/ano para os ex-combatentes mais desfavorecidos. A palavra "desfavorecidos" logo à partida incomoda-me, pois não os devia haver. Aconselho a Sra. Secretária de Estado a humanizar-se mais ainda. Não sei imaginar sequer os valores que aqueles que venham a ser contemplados irão receber, uma coisa é certa irão, com toda a certeza, continuar a ser pobres.

Entre as "benesses" agora oferecidas destaca-se, também, o "Cartão do Antigo Combatente" que visa ser um modo facilitador nas "relações" com o Estado. Quais relações? 

Vai ser aumentado o plano de acção e apoio aos ex-combatentes nas áreas da saúde, qualidade de vida e envelhecimento bem sucedido dos deficientes. Irónicamente digo: MAIS AINDA ?? Continua o "show-off" da politica"! Por sermos eternamente credores do maior respeito, p.f. respeite-nos Sra. Secretária de Estado.

Em traços gerais é isto, só isto. Demasiado pouco. E a Pátria deve tanto, em nome dos seus milhares de mortos, feridos e familias sacrificadas. 

Como já disse atrás esta proposta do governo data de antes da pandemia e, por falta de tempo da Assembleia da Republica (assoberbada com imenso trabalho), só irá ser discutida pelos deputados da Nação em 2021. Por não ser entendida como prioritária, digo eu! Entretanto, até lá, já morreram mais umas tantas centenas de ex-combatentes e o Estado fica, assim, mais "rico"!!