Nampula. Já lá vão cinquenta e um anos! O Hospital nesta altura era a minha nova residência. Não foram fáceis os primeiros dias. Não conhecia ninguém e tinha sido colocado nos primeiros dias numa enfermaria misturado com feridos graves. Depois de algum tempo é que fui transferido para um quarto com outro colega que até era porreiro e passava o tempo a cantar fados. Era capaz de cantar o fado do Embuçado eu sei lá quantas vezes ao dia!Tratavam-no por Grave! Era um camarada de armas típico. Para quem não sabe, o Embuçado, é de autoria de Gabriel de Oliveira e foi uma homenagem ao Rei D. Carlos. Continuando: depois também, eram as saudades da malta da 2415. Tinha sido muito tempo de convívio com eles para depois estar numa situação sem saber nada deles. Depois para piorar as coisas, apareceu o problema na minha cabeça. Não vou contar pois estaria a ser repetitivo. No meio disto tudo, faz anos que fui ver a um pavilhão de desportos a D. Amália. Fomos levados pela direcção do Hospital. Sempre foi uma lufada de ar fresco no meio da solidão. A partir daqui, conheci novos camaradas e a coisa foi correndo melhor. Enfim: recordações!
Um abraço para todos. Continuação de uma boa semana.
SANTA
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