DE SÁ FLORES
O USO DAS PALAVRAS
O quê?
Não podes ouvir dizer:
cego.
Mas porquê?
Ah! Ficas doente.
Mas isso
é apenas uma palavra
e as palavras
contam só como palavras.
Ora escuta:
Pa-ra-lí-ti-co
ce-gui-nho
a- lei-ja-di-nho.
Não?
Continuas a não poder ouvir?
Continuas a sentir-te doente?
Na verdade,
continuam a ser palavras.
Mas,
vamos dizer
uma palavra diferente:
De-fi-ci-en-te.
Como?
Não ficas doente?
Pois é.
As palavras têm esse inconveniente,
Querem dizer a mesma coisa,
mas sentem-se
de maneira diferente.
AINDA DE SÁ FLORES
GUERRA COLONIAL
Por que
me torturas ainda? Por que
me persegues na noite?
Por que
me invades o pensamento?
Mordeste-me a carne
paraste-me a vida
queres agora
paralisar-me o cérebro!
Ah, guerra,
monstro faminto!
Vai-te.
Vai-te do meu pensamento.
Odeio-te.
Já basta a hora
em que fui teu alimento.
Com um grande abraço, me despeço por hoje. SANTA.
O USO DAS PALAVRAS
O quê?
Não podes ouvir dizer:
cego.
Mas porquê?
Ah! Ficas doente.
Mas isso
é apenas uma palavra
e as palavras
contam só como palavras.
Ora escuta:
Pa-ra-lí-ti-co
ce-gui-nho
a- lei-ja-di-nho.
Não?
Continuas a não poder ouvir?
Continuas a sentir-te doente?
Na verdade,
continuam a ser palavras.
Mas,
vamos dizer
uma palavra diferente:
De-fi-ci-en-te.
Como?
Não ficas doente?
Pois é.
As palavras têm esse inconveniente,
Querem dizer a mesma coisa,
mas sentem-se
de maneira diferente.
AINDA DE SÁ FLORES
GUERRA COLONIAL
Por que
me torturas ainda? Por que
me persegues na noite?
Por que
me invades o pensamento?
Mordeste-me a carne
paraste-me a vida
queres agora
paralisar-me o cérebro!
Ah, guerra,
monstro faminto!
Vai-te.
Vai-te do meu pensamento.
Odeio-te.
Já basta a hora
em que fui teu alimento.
Com um grande abraço, me despeço por hoje. SANTA.
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