Já lá vão oitenta anos que foi lançada a "bomba Atómica" sobre Nagasaki. Oitenta anos depois o homem não aprendeu nada. Ainda hoje á quem continue com ameaças da guerra nuclear. Á países que continuam em disputa para ver quem tem a maior, a mais potente. Quando se fala tanto em paz eu pergunto: é assim que se quer construir a Paz? A paz para esses senhores é o poder no mundo. Que paz, quando se mata indiscriminadamente o ser humano. Quando se deixa morrer á fome crianças e atacando pessoas que procuram em desespero a comida para sobreviverem, será que querem a paz? Como ouvi dizer ontem, é bom que os nossos jovens pensem sobre isto e o que querem fazer no futuro para que o mundo possa ser melhor. Fico por aqui.
Alguém disse um dia:
" PORQUE SÒ EXISTE UMA COISA MAIS TERRÍVEL DO QUE UMA GUERRA. FAZER DE CONTA QUE ELA NUNCA ACONTECEU".
Sendo assim, voltamos á poesia. Desta vez, um poema de José Correia Tavares, nascido em Castelo branco.
Coordenadas
Gosto da poesia tapando a boca
e com sangue a jorrar por entre os dedos
humilde pedindo desculpa
das manchas deixadas na parede
Gosto de a ver depois de hemoptise
apoiada num verso para cobrar alento
cabeça bem erguida os cabelos ao vento
rindo de quem sabe atrás das cortinas
Gosto de a ver passar nas ruas à tardinha
fechada num caixão sem
acompanhamento
enquanto param e tiram o chapéu
mais por obrigação do que por
sentimento
Gosto de a ouvir mais tarde já
ressuscitada
ao terceiro século ou ao terceiro dia
gabar-se de não dever nada
a não ser a poesia.
José Correia Tavares
Este sábado está a chegar ao fim. Um Sábado triste. Seis pessoas perderam a vida na estrada. Porquê? Como? Ninguém sabe. Só o nevoeiro (dizem estar na altura) cerrado é testemunha do que realmente se passou. Todo o cuidado é pouco. Vamos todos andar devagar pensando em nós e nos outros. A vida. é um bem precioso para se perder por descuido. Paz ás suas almas.
Passem todos um resto de fim de semana em paz e com muita saúde.
Um abraço
SANTA
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