Dezassete horas. O dia está bom e eu resolvi deslocar-me até á praia onde já estou álgum tempo só com a companhia do mar e das ondas espraiando no areal como querendo entender comigo. As gaivotas, essas bailam ao sabor do vento com um bailado gracioso! O azul do mar ( que por sinal hoje até está mansinho), convida á meditação e ao mesmo tempo obriga a nossa memória entrar em ação e rever certos e determinados momentos da nossa vida como se fosse um filme. Fáz amanhâ (CINCO DE MAIO), cinquenta e três anos, e o filme lembra-me quanto esta data tem uma certa importância para mim pelas piores razões. Foi no fim da tarde deste mesmo dia (quaze á mesma hora que aqui estou dezassete horas ), que a 2415 teve as primeiras baixas (assunto já descrito no nosso blog). Partiram com saudade e que hoje lembro, o Srg. CARVALHO e o Furr. SANTOS.
Esta parte do filme, toca-me em especial a mim por razões ja apontadas no nosso blog. Ao lembrá-los, saudades iternas de todos os camaradas da 2415. O tempo passou e nem dei por isso. O sol já vai caminhando de mansinho num adeus: até amanhâ! Quanto é belo ver o sol desaparecer no horizonte e ao outro dia ele dar- nos os bons dias! É sinal que a VIDA continua pois é o bem mais precioso que temos. A beleza do mar na sua lmensidão torna-nos pequenos. Quanta ingratidão o homem tem para com a vida. Quanto mal fizeram e fazem estas malditas guerras. Quantas familías destroçadas e quanto deste mundo destruído. Eu pergunto: que benefício o homem tira delas? Pobre inteligência que existe em certas cabeças...
Termino por hoje.
Um abraço
SANTA
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