Fiquei de alma cheia como se costuma dizer! Sei que muitos não ligam "peva" ao assunto, ou fazem que não ligam, outros evitam recordar, falar ou debater o passado, invocando não terem paciência mental e emocional que a idade lhes foi tirando. Só tenho é de respeitar mas ainda bem que não perfilho nenhuma dessas teorias. E, acho eu, também, que a maioria está do lado contrário, daqueles a quem o passado não incomoda, e ainda bem que assim é.
Isto a propósito do filme "Cartas da Guerra" que a RTP passou ao serão num destes últimos fins de semana. E, como digo, encheu-me a alma de emoções, pois aquelas cenas ficcionadas e passadas com outros militares, posso dizer, com toda a propriedade, que a CCav.2415 também lá cabia inteirinha.
As cartas e os aerogramas carregados de juras de amor eterno que voavam semanalmente dum lado para o outro e, após chegados à metrópole, logo eram atados com fitinhas cor-de-rosa.
Quem as não tem? Ou nunca as teve? Acho que ninguém, só que hoje estão cheios de pó e amarelecidos dentro de um qualquer baú ou sótão ou até já destruídos, quem sabe?!
Este filme entrou no circuito no verão de 2016 e nunca tive oportunidade de o ver, felizmente, agora, entrou-me casa adentro. É baseado em escritos (cartas) que o famoso António Lobo Antunes, na altura alferes-médico num batalhão em Angola, escrevia à sua jovem esposa deixada em Lisboa.
Para os que já viram ou ainda irão ver deixo aqui, entre as muitas cenas "gagas" do filme, aquela do major a perguntar ao "impedido" quando é que o rancho ia mudar para qualquer coisa mais comestível, pois estava farto de lhe servirem ao almoço e ao jantar sempre a mesma coisa: arroz com salsichas ou atum com arroz, e já não aguentava mais!
Fiquei muito admirado pois não sabia que os majores, mesmo dentro dos batalhões no "mato", estavam sujeitos àqueles suplícios. Será? Tenho sérias duvidas!
Enfim, afinal o que importa, seja um filme ou um livro a conclusão é sempre a mesma, vale bem a pena conseguir algum tempo para olhar o passado.
Olá amigo Castro.Pois é! Já me abafei e já estou pronto para outra! Quanto á poesia, volto a dizer: Pois é! Mas é uma maneira de manter o blog vivo. Eu sozinho não tenho assim tanta matéria. Basta ver quantos meses é que ninguém colocou nada no nosso blog. Se não fosse eu, já tinha morrido! Onde estão os nossos companheiros? Enquanto eu for capaz de o manter vivo, com poesia ou sem poesia, ele não morrerá!!! Deem outra ideia!
ResponderEliminarCom um abraço. SANTA.
EU VOU FAZENDO O QUE POSSO E TENHA POR AQUI
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