Camaradas. Termino hoje o belo trabalho do nosso camarada António Calvinho. Espero que ao terem lido, tenha sido para cada um um momento de reflexão.
E quando braços possantes
De corpos sujos de pó
Cumprindo ordens puxaram
O corpo em fim d`agonia
Numa alma de gigante
Fez-se um silêncio de morte
As aves e os animais
Lançaram gritos ao céu
As flores que lá havia
Romperam em brando pranto
As ervas tombaram por terra
E um grito lancinante
De agonia e desespero
Brotou da árvore impotente
Por se sentir tortura
Por se sentir agredida
E o grito pairou no ar
Ecoou por montes e vales
Ficou vermelha a floresta
Toda a terra estremeceu
« tinha chegado a hora nona»
Nessa tarde d`aflição.
Já a mata era mais pura
Sem as tropas do capitão
E inda o corpo oscilava
Na corda da sepultura
E os olhos baços do negro
De laivos rubros tingidos
Olharam a tarde de morte
Lembrou o Nino e os outros
Sentiu um arrepio de coragem
E só o vento escutou
A sua última mensagem:
- Não passam de instrumentos
Programados para matar
Pelos verdadeiros culpados
Que vivem nos gabinetes
Ricamente alcatifados
Enquanto na sua terra
O povo a que pertencem
É também sacrificado
E quantos destes citados
Não vão deixar na picada
O corpo despedaçado?...
( E... inclinando a cabeça expirou).
Um grande abraço. SANTA.
E quando braços possantes
De corpos sujos de pó
Cumprindo ordens puxaram
O corpo em fim d`agonia
Numa alma de gigante
Fez-se um silêncio de morte
As aves e os animais
Lançaram gritos ao céu
As flores que lá havia
Romperam em brando pranto
As ervas tombaram por terra
E um grito lancinante
De agonia e desespero
Brotou da árvore impotente
Por se sentir tortura
Por se sentir agredida
E o grito pairou no ar
Ecoou por montes e vales
Ficou vermelha a floresta
Toda a terra estremeceu
« tinha chegado a hora nona»
Nessa tarde d`aflição.
Já a mata era mais pura
Sem as tropas do capitão
E inda o corpo oscilava
Na corda da sepultura
E os olhos baços do negro
De laivos rubros tingidos
Olharam a tarde de morte
Lembrou o Nino e os outros
Sentiu um arrepio de coragem
E só o vento escutou
A sua última mensagem:
- Não passam de instrumentos
Programados para matar
Pelos verdadeiros culpados
Que vivem nos gabinetes
Ricamente alcatifados
Enquanto na sua terra
O povo a que pertencem
É também sacrificado
E quantos destes citados
Não vão deixar na picada
O corpo despedaçado?...
( E... inclinando a cabeça expirou).
Um grande abraço. SANTA.
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