29 janeiro 2016

AVENTURA...

Continuando à espera que alguém da 2415 desperte do sono que foi acometido, e se digne acordar com a lembrança que à um blog da nossa companhia que precisa de ser alimentado com coisas novas!
Eu não gostaria que o nosso blog terminasse. Porquê? Pelo motivo de haver tantas coisas por contar sobre a nossa missão no então Ultramar e tantas fotos por mostrar. Vá lá malta. Enviem para nós fotos e outros assuntos que cá estaremos para publicar. Exemplo: Ainda hoje estou à espera de notícias no nosso blog de Jean Stéfhane Afonso filho do nosso camarada Afonso. Se tiver fotos envie.
Ficamos à espera!

E sendo assim, para continuar a vida do nosso blog, aqui vai mais um comprimido para combater o esquecimento da malta!

  "AVENTURA"

Lá vai o branco pelo mar,
Em caravelas e galés;
Solta uma ária de encantar,
Ao som de flautas e oboés.              

Vai pela fé, segundo diz,                
Para cumprir a sua sina;                  .
O coração o contradiz,                  
Que as suas mão são de rapina.                    
                                                                                 
Enfrenta fúrias e tempestades             
E os ditos vão de mau agoiro:        
E insulta até as divindades,              
Que a sua ânsia é achar oiro.            

Lá para além do Equador                                    
Gentes de cor vai encontrar                                                      
Olhando o sol, á voz do amor,                
E ouvindo pássaros a cantar.            
                                                       
E reza missas e sermões,                    ,
E chamam os negros ao convívio:    
Beijando o chão erguem padrões,    
Sente na alma um grande alívio.                                                              

Depois o branco, como os cães,       
Ataca os negros, para os vender;      
Os filhos rouba às próprias mães      
Que o coração vêem morrer.

Os capitães sem fé nem lei,
Que encheis de sangue esta aventura:
Quem manda assim? Será El-Rei,
Que a régia mão não tem segura?

Voz de fantasma os acusava,
Que talvez fosse a Providência.
De quanto crime se falava,
O Senhor Rei tinha ciência.

Lá vão os negros em galés,
Tal como gado, pr'ó Brasil;
Levam alguns grilhões aos pés,
Nesse comércio infame e vil.

Aos negros fica o lar desfeito,
E o coração despedaçado;
Com a saudade arder no peito,
Vão como gado, vão como gado...

E as pobres negras, as mulheres,
Vendo partir os companheiros,
Servem apenas de prazeres,
São violadas pelos negreiros.

Na alma delas, a saudade
Rompe a chorar amargamente.
Dizendo em dor esta verdade:
A alma dos negros também sente.

          


    Mais uma poesia de:A. GARIBÁLDE.






                                                              Com um abraço. SANTA.



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