Por: F. Santa
No início do nosso blog, já tinha falado nas madrinhas
de guerra. Hoje fala-se muito pouco das madrinhas de guerra e do papel
que elas desempenharam, mas depois deste tempo todo, queria prestar
homenagem àquela que foi a minha madrinha de guerra.
O primeiro contacto
foi por carta quando estava a dar recruta em Castelo Branco. Depois
conheci-te pessoalmente quando formava companhia em Cavalaria 7. Ofereceste-me
esta foto em 9 – 5 – 1968. Eras tu uma jovem e eu também um jovem
que estava prestes a embarcar para a guerra.
Foste uma madrinha muito especial. Foste aquilo que
se pode chamar uma madrinha de guerra a sério sem qualquer outra intenção.
Quando estava no mato, estiveste sempre em contacto comigo, através
de muitas cartas que escreveste. No hospital, tantos telefonemas fizeste.
Deste-me sempre palavras de conforto de ânimo e de amizade. Nunca te
esquecestes de mim. Dores. Agora, que vai fazer três anos que partiste,
onde quer que estejas que estejas em paz, que eu nunca te esquecerei
por tudo aquilo que me fizeste. Regressei. Entraste logo para a minha
família ao seres madrinha de baptismo da minha filha e depois madrinha
de casamento. Hoje, com as tuas irmãs, a família continua.
Dora (era assim que eu a tratava) quardo e guardarei
sempre no meu coração a tua imagem como se fosses minha irmã.
Se
calhar houve muitas outras “Doras”, que neste país desempenharam
papel idêntico. Para elas também a mesma gratidão. Se calhar, para
mim e para muitos, foi das poucas coisas boas que a guerra nos deu.
Para todas um BEM HAJA.
E
Esta
foto... não sei onde foi tirada e em que circunstâncias. Com certeza,
alguém deve saber. Como de costume... espero que alguém se pronuncie!
Camaradas. Vejo que o nosso blog se está assemelhar (isto em sentido
figurado) a uma Lareira. Acende-se. Depois dela acesa, as cavacas vão
queimando, queimando, e se não for alimentada ela vai-se apagando,
apagando, até que se apaga por completo ficando só as cinzas. É o
que estou a sentir neste momento. Já começa a não haver cavacas que
a mantenham acesa. Isto é: o nosso blog está apagar-se. Só vão ficar
as cinzas como recordação. Tanta coisa havia para contar. Tantas fotos
que existem que poderiam aqui ser reveladas. Mas nada! Contra a falta
de vontade não existe nada a fazer. Sendo assim, fico ainda com uma
réstia de esperança que alguém ouça o meu apelo e que arranje mais
algumas cavacas para que a lareira não se apague.
Quem
se lembra destas pulseirinhas feitas em missanga pelas mãos habilidosas
das jovens moçambicanas? Foi só fazer um pequeno desenho do meu nome
num pedaço de papel e aí está! Esta foi feita em Lione por uma delas.
Endereço e localização do Museu
da Guerra do Ultramar em Famalicão.
Santa, Parabens pelo excelente texto sobre as madrinhas de guerra. Aliás, o teu curioso caso pessoal deve ser raro pois, normalmente, acontecia o noivado entre o militar e a sua madrinha!
ResponderEliminar- A foto das "berliets" em cima do pontão, lembra-me Luatize. Será?
- Tb. eu tive uma pulseira pois estava na moda. Se fosse hoje (fonix!!) pensaria montar uma micro-empresa em Lione!
- Fiquei admirado e agradado com a existência do Museu da Guerra do Ultramar em Famalicão. Só assim ninguem esquecerá e poderemos continuar a dar o devido realce a uma grave e inqualificável ocorrência da história portuguesa.
Mas porquê em Famalicão? Não é suposto estas "empreitadas" serem pensadas para a capital?
Será que o nosso amigo Soares estará por detrás da ideia?
- Qt. a cavacas estamos conversados. Tb. tenho pena que assim seja. Para ajudar, aqui vai mais uma cavaca!! Mas fica o aviso à navegação: Um dia destes os habituais leitores do blog da CCAV.2415 sujeitam-se a não o encontrarem mais. Causa: "falta de cavacas". Sou o 1º a lamentar!
Abr. A.Castro
BOA NOITE.ESTA SEMANA ENVIEI UMAS FOTOS PARA O AMIGO SOARES,SERA QUE CHEGARAM OU FICARAM PELO CAMINHO? UM ABRAÇO. VIVALDO
ResponderEliminarOlá Vivaldo.Já soubeste alguma coisa do nosso camarada Vilas Boas? Ficaste de saber o que se passava com ele e dizeres alguma coisa.Pois estás ai perto dele. Fáz lá um esforço e vê o que é que se passa.Quanto ás fotos que enviaste ao Soares, concerteza que recebeu. Espera mais uns dias. Um abraço. SQANTA.
ResponderEliminarAMIGO SANTA,NAO ME ESQUECI DO VILAS BOAS,MAS TENHO ANDADO ATRAPALHADO COM O TRABALHO E AINDA NAO TIVE OCASIAO DE LA IR.TENHO NO MEU MEMORANDO A DITA NOTA E BREVEMENTE VOU LA.UM ABRAÇO VIVALDO
ResponderEliminardesloquei me esta semana a casa do VILAS BOAS que continua com as suas maleitas.La vai indo cheio de dores e quase sempre na cama.Pena que nao tenha computador para ver o nosso blog.envia cumprimentos.VIVALDO
ResponderEliminarOlá Vivaldo. Depois de ler sobre a tua visita ao Vilas Boas, telefonei-lhe no passado domingo e combinámos um encontro para segunda feira. Levei o meu "portátil" e entre a vizualização de alguns temas do blogue e o relato de várias estórias, contadas pelo Vilas Boas, passamos num instante, parte, da tarde desse dia. Tirei-lhe uma foto, que oportunamente vou enviar ao Soares para colocar no blogue. Um abraço. Amândio Baptista
ResponderEliminarAMIGO BATISTA COMO DIZIA O OUTRO........PORREIRO PA.....FICO AGUARDANDO O RELATO E AS FOTOS
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