19 agosto 2010

OS NOSSOS POETAS

Hoje, para variar um pouco e para não cansar os seguidores deste blog com tantas fotos trazidas de Moçambique, lembrei-me de cumprir a promessa que fiz no ultimo almoço em Coimbra ao Avelino Torcato Pereira, melhor ao nosso amigo "Choné" e que, contada,  fica assim: 
Logo à minha chegada ao restaurante o Choné abeirou-se de mim e, após o forte e habitual abraço, disse-me:  "Oh, Cripto eu aproveito estares aqui para te perguntar se é possivel colocares no tal blog da tropa uns versos feitos por mim já há tempos e que focam um tema que me é muito querido?"
Claro, que a resposta foi um imediato: sim.  E, logo o nosso Choné foi ao bolso e tirou uma meia folha A4, escrita de alto abaixo, contendo seis quadras. E mais, devidamente assinada pelo seu autor.
Não posso dizer que não fiquei surpreendido ao verificar a  enorme vocação camoniana do Avelino Torcato Pereira com o heterônimo "Choné",  pois julgava-o mais ligado a outras artes como a da pintura e da gastronomia, por exemplo!
Cumprindo a promessa  aqui deixo o seu  ultimo(?) poema,  intitulado: IDA A MOÇAMBIQUE.  
Obrigado Choné pela amizade que dedicas a todos nós, e que a veia nunca te falte, pois este blog  também é teu e está à tua inteira disposição.



Mais tarde, ainda no almoço, o Choné continuando com a actividade poética diz:me: "Eh pá, só eu sei como fiquei danado quando tu ganhaste aquele concurso lá em António Enes, no restaurante que ficava logo  no inicio do caminho  para o Inguri".        Julgo estarem ainda recordados que era o local  onde o "aprumado" 1º cabo enfermeiro  Zé Miro (grande cançonetista!  Que é feito desta gente?), nas "soirées" ao  fim de semana, nos deliciava com autênticos "shows" na arte de bem cantar. Não me lembro, mas não devo andar muito longe da verdade , se disser que do seu reportório fazia parte aquela canção que até fazia chorar as pedras da calçada e que se chamava: Mâezinha estás tão longe de mim!
Mas, voltando à conversa com o Choné:  Dizia ele, então, que numa dessas "noites de gala" no tal restaurante o proprietário duma relojoaria da cidade (indiano)  promoveu um concurso  em que  qualquer dos presentes poderia apresentar uma quadra alusiva a uma marca de relógios que ele vendia na sua loja. E,  que durante o espectáculo do Zé Miro, seria apresentado o vencedor da melhor quadra.
O que o Choné não se conforma é por ter sido eu o ganhador pois, em seu entender, a melhor quadra era a dele!
O que eu acho muito estranho é que passados estes anos todos, quando lhe pergunto como era a  sua quadra, ele diz já não se lembrar!   Em contrapartida, a quadra  feita por mim e que também não  me lembro, tendo apenas uma vaga ideia desse "evento", o nosso Choné tem-na na ponta da lingua e recitou-a num ápice:

                                                "Tenho um relógio velhinho
                                                  Por outro não vou trocar
                                                  Pois anda sempre certinho 
                                                  É por ser um Enicar!

Ele há coisas estranhas, realmente!  Para completamento da história,  acrescento que o Choné diz que  fui  premiado  com  um relógio  oferta da tal ourivesaria!  Sinceramente não me lembro, se calhar porque vendi o relógio!!




 






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