Hoje, para variar um pouco e para não cansar os seguidores deste blog com tantas fotos trazidas de Moçambique, lembrei-me de cumprir a promessa que fiz no ultimo almoço em Coimbra ao Avelino Torcato Pereira, melhor ao nosso amigo "Choné" e que, contada, fica assim:
Logo à minha chegada ao restaurante o Choné abeirou-se de mim e, após o forte e habitual abraço, disse-me: "Oh, Cripto eu aproveito estares aqui para te perguntar se é possivel colocares no tal blog da tropa uns versos feitos por mim já há tempos e que focam um tema que me é muito querido?"
Claro, que a resposta foi um imediato: sim. E, logo o nosso Choné foi ao bolso e tirou uma meia folha A4, escrita de alto abaixo, contendo seis quadras. E mais, devidamente assinada pelo seu autor.
Não posso dizer que não fiquei surpreendido ao verificar a enorme vocação camoniana do Avelino Torcato Pereira com o heterônimo "Choné", pois julgava-o mais ligado a outras artes como a da pintura e da gastronomia, por exemplo!
Cumprindo a promessa aqui deixo o seu ultimo(?) poema, intitulado: IDA A MOÇAMBIQUE.
Obrigado Choné pela amizade que dedicas a todos nós, e que a veia nunca te falte, pois este blog também é teu e está à tua inteira disposição.
Ele há coisas estranhas, realmente! Para completamento da história, acrescento que o Choné diz que fui premiado com um relógio oferta da tal ourivesaria! Sinceramente não me lembro, se calhar porque vendi o relógio!!
Mais tarde, ainda no almoço, o Choné continuando com a actividade poética diz:me: "Eh pá, só eu sei como fiquei danado quando tu ganhaste aquele concurso lá em António Enes, no restaurante que ficava logo no inicio do caminho para o Inguri". Julgo estarem ainda recordados que era o local onde o "aprumado" 1º cabo enfermeiro Zé Miro (grande cançonetista! Que é feito desta gente?), nas "soirées" ao fim de semana, nos deliciava com autênticos "shows" na arte de bem cantar. Não me lembro, mas não devo andar muito longe da verdade , se disser que do seu reportório fazia parte aquela canção que até fazia chorar as pedras da calçada e que se chamava: Mâezinha estás tão longe de mim!
Mas, voltando à conversa com o Choné: Dizia ele, então, que numa dessas "noites de gala" no tal restaurante o proprietário duma relojoaria da cidade (indiano) promoveu um concurso em que qualquer dos presentes poderia apresentar uma quadra alusiva a uma marca de relógios que ele vendia na sua loja. E, que durante o espectáculo do Zé Miro, seria apresentado o vencedor da melhor quadra.
O que o Choné não se conforma é por ter sido eu o ganhador pois, em seu entender, a melhor quadra era a dele!
O que eu acho muito estranho é que passados estes anos todos, quando lhe pergunto como era a sua quadra, ele diz já não se lembrar! Em contrapartida, a quadra feita por mim e que também não me lembro, tendo apenas uma vaga ideia desse "evento", o nosso Choné tem-na na ponta da lingua e recitou-a num ápice:
"Tenho um relógio velhinho
Por outro não vou trocar
Pois anda sempre certinho
É por ser um Enicar!Ele há coisas estranhas, realmente! Para completamento da história, acrescento que o Choné diz que fui premiado com um relógio oferta da tal ourivesaria! Sinceramente não me lembro, se calhar porque vendi o relógio!!
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