Camaradas:
A nossa vida militar, além de nos trazer alguns dissabores também nos deu algo de bom
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Hoje vou falar das madrinhas de guerra e contar-vos uma história mas daquelas histórias verdadeiras que foi mais o menos assim: Estava eu em Castelo Branco, quando através da revista Plateia arranjei a minha madrinha de guerra. A partir daqui começou a troca de correspondência até sair a minha mobilização para o Ultramar, depois parto para Estremoz e daqui para Cav.7 onde vos encontrei a todos. Foi aqui que pus o meu plano em prática, ir a Faro (pois ela era de lá) conhecê-la pessoalmente. Foi num fim de semana em que não estive de serviço. A minha intenção era somente ela ser a minha madrinha de guerra pois na altura já estava noivo da minha mulher que é hoje. Entretanto partimos para o ultramar e continuou a nossa troca de correspondência até ao ponto de ela me tratar por irmão.
Quando regressei, disse-lhe que ia casar, convidei-a para ser madrinha do casamento o que ela viu com agrado mas na altura não lhe era possível estar presente nessa altura. Não desligámos um do outro antes pelo contrário, passámos a ser tratados por ela, como os manos de Coimbra. Entretanto conheceu a minha mulher o tempo foi passando até que conhecemos o resto da família, tanto de um lado como do outro. Depois nasceu a minha filha convidei-a para ser madrinha o que ela aceitou vindo a Coimbra pela primeira vez. Entretanto a minha filha cresceu casou e ela foi madrinha de casamento, daqui tornámo-nos numa família até hoje. Agora neste momento recordo-a com saudade pois ela ( Maria das Dores ) faleceu em Fevereiro deste ano, foi como se tivesse perdido uma irmã de sangue, aqui lhe deixo uma homenagem por aquilo que ela foi para mim quando estive no Ultramar e principalmente aquando da minha estadia no hospital.
Vejam como por vezes também no seio da guerra nos acontecem coisas boas, arranjei mais uma família para juntar a outra família que sois todos vós camaradas.
Não podemos só relembrar o que foi mau, relembremos também o que foi bom, para a angústia não ser maior.
Um abraço para todos do Santa.
Amigo Santa, continuas a surpreender-me cada vez mais. O aconselhável será habituar-me a esperar de ti as histórias mais incriveis, como esta que acabas de contar.
ResponderEliminarAlém de muitas, para nosso contentamento, elas são de uma originalidade agradável, que me deixam a sorrir de satisfação.
Eu sei bem que estás a tentar mostrar a todos nós como é bem fácil alimentar-mos o blog da CCAV2415, com uma qualquer pequena e saborosa história por nós vivida. Obrigado também por isso. O comboio é grande e alguém tem de ser a locomotiva!!
Afinal é bem fácil. Assim queiramos, vez em quando, mostrar a verdadeira amizade que nos une.
Amigo Castro.
ResponderEliminarAgradeço mais uma vez as tuas palavras, uma coisa é certa no nosso dia a dia, lembrar é viver porque ficar parado no tempo é morrer e as recordações dão-nos ânimo para o dia a dia.
Um grande abraço para ti e não te esqueças do Galo!
Lá ia esquecer-me do galo!! Nunca, jamais!!! Temos é que ter a paciencia devida até Outubro! Para a malta vou aqui explicar o tabu do galo. O galo é um galo, só que este vai ser de cabidela!! E vai ser degolado, depenado e cozinhado na zona de Mogofores, lá para os lados de Coimbra, mais precisamente no "tasco" do camarada Claro, o homem da TSF!! Para se penitenciar da falta de comparencia, à ultima da hora, na reunião da Invicta, convidou-me para a melhor cabidela que alguma vez se confeccionou neste país.
ResponderEliminarOra, eu como não sou egoísta, acho que devo estender o convite a todo o pessoal que goste de galo!!
Assim, quem quizer passar mais uns bons momentos de guerra e com um bom petisco à frente, chegue-se à frente e diga: Presente!! A partir de agora estão abertas as inscrições e os primeiros a inscrever-se são: Claro, Castro, Moreira, Santa.