Por: António Matos
" Quis o acaso que, numa pesquisa pela palavra S. Simão no google, viesse dar com este vosso site, por sinal muito importante e pelo qual surto especial interesse.
Desde muito miúdo (nasci em 1967) que tinha como amigos e vizinhos a Fernanda e o João – ela terá nascido em 1966 e ele em 1968.Vivia, então, no lugar de S.Simão na freguesia do Bunheiro e, desde sempre, convivi com este casal de irmãos sabendo que o seu pai tinha falecido no ultramar, o que nunca me deixou indiferente, pelo contrário, sempre os admirei e ainda mais a sua mãe - a Conceição - que, sozinha, toda a vida se dedicou a educar e criar estes filhos.A Conceição, e filhos, há muito emigraram para os EUA (talvez há mais de 30 anos) e, uma vez mais, quis o destino que este ano viessem cá passar férias - ela, a filha e o neto - tendo ela ficado cá por uma temporada.
Foi, portanto, com muita emoção e satisfação que ela recebeu, no Sábado passado, uma impressão que eu lhe dei deste seu post alusivo à data de falecimento do seu marido.Ficou de procurar (nos EUA) as cartas que recebeu a darem conta do sucedido, no entanto, adiantou-me que o João terá sido ferido em combate, terá sido hospitalizado e terá falecido poucos dias depois.Sobre o sucedido, ficou a São (é assim que lhe chamamos) de procurar pormenores que depois tomarei o cuidado de lhe enviar.
Espero ter, de alguma forma, contribuído para o esclarecimento e enriquecimento de dados relativos a esta situação em particular.
Melhores cumprimentos,
António Matos "
Muito obrigado ao Sr. António Matos por este testemunho tão humano, que é, acima de tudo, um tributo à heroicidade humilde da Viúva do nosso inditoso companheiro. A minha sincera admiração à D. Conceição e às outras MÃES CORAGEM que não faltarão na nossa Pátria!
ResponderEliminarAgradam-me as palavras exactas do amigo Soares no comentário ao texto do Sr. António Matos "Lembrando João Vaz dos Santos". Dizem tudo, foram ao cerne da questão. Daí poder dizer: "Faço das suas palavras as minhas".
ResponderEliminarTodavia, gostaria também de dizer que não arranjo palavras para descrever tão comovente solidariedade como a que o Sr. António Matos tem dedicado à inditosa familia do nosso ex-companheiro que, sem ter cometido crime algum, foi condenado a uma morte brutal e precoce.
A solidariedade é um sentimento inestimável, único, do qual a sociedade não pode nem deve prescindir. Elogiemos e façamos uma vénia a todos aqueles que, desinteressadamente, a saibam praticar. Bem haja Sr. António Matos. Peço-lhe o favor de entregar os meus respeitosos cumprimentos à familia do falecido João Vaz dos Santos.
A.Castro
Sr. António Matos. Depois dos comentários feitos pelos meus colegas Soares e Artur, nada mais me resta dizer, pois está tudo dito. Pela parte que me toca como camarada do João Vaz dos Santos, envio também os meus mais sinceros cumprimentos à família, ficando à espera de novas notícias. Se fosse possível gostaria de saber a direcção da esposa do camarada João. Para o Sr. António Matos um grande abraço deste que a partir de agora é seu amigo:
ResponderEliminarEx. Furriel Santa