Depois de alguns dias passados da despedida do nosso camarada da 2415 CARLOS SILVA, vamos aqui em jeito de homenagem, publicar mais alguns escritos do seu livro publicado em Maio de 2013 "AS CORES QUE A VIDA TEM".
Vamos começar pelo primeiro: Num diálogo de cortesia
Afinal você o que é que come/que tão bom aspecto tem/do que colho da terra mato a fome/
e da sopa feita à moda da minha mãe
Qual é o segredo afinal/que o faz com a vida estar sempre bem/o ano passado estava tal e qual/
nem parece a idade que tem
É do vento e do sol todo dia/a mesma receita de sempre/de manhã lavar a cara com água fria/ e à noite os pés com água quente
Todos os anos metia um porco na salgadeira/criei os filhos com broa e sardinha/ensinei-os a sentar à mesa direitos na cadeira/e a terem cuidado com as espinhas
Fui sempre assim como ainda sou/nunca fiz por nada o que não fosse meu/ o dinheiro nunca
me faltou/porque nunca me prometeu
Gostava de caminhar ao luar/até os grilos me convidarem a deitar/depois de cear e rezar/
tinha de manhã o galo para me acordar
"Deus Pátria e Família", altos valores da espécie humana/todo o cuidado é pouco/ com quem não
assume que é louco/quando tais valores difama
Quem a sua pátria renega/não se comporta como gente/não molha os pés na água da rega/
falam mal da sua terra orgulhosamente/é porque não a ama verdadeiramente
Queixam-se do antes e do depois/das vacas e dos bois/dos três e dos dois/até deles próprios e da gente/por detrás e pela frente/ próprio de quem não houve a razão/não sente o coração/ de quem não tem gratidão/ou de quem está doente
Os que saem da sua terra sem olhar para trás/ nunca a amaram o suficiente/pra quando dela se está ausente/saber o que a saudade faz/a quem a houve e a sente
Agora só me sinto bem/destes portões para dentro/de verão a sombra do alpendre aqui me tem/
de de inverno o lume na lareira ´e o meu entretenimento
Falar da nossa gente assim/com gratidão e prazer/é falar também de mim/como se tratasse do mais nobre dever
Duma enfermidade convalescente/por isso esta visita lhe fiz/responsável terno e consciente/agradeceu e disse: nunca fui tão feliz
Trocamos um forte sorriso/e um sincero aperto de mão/às vezes a despedida de um amigo/ é que nos corta o coração
Um comprimento de cortesia/um copo de vinho d'praxe/pôr um pouco a conversa em dia/enfim, um bom momento de relaxe
===================================================================
Por hoje é tudo. Não se esqueçam de ir votar. Ainda têm tempo! Só assim podemos ter voz activa!
Continuação de um óptimo Domingo.
Um abraço
SANTA
Vamos começar pelo primeiro: Num diálogo de cortesia
Afinal você o que é que come/que tão bom aspecto tem/do que colho da terra mato a fome/
e da sopa feita à moda da minha mãe
Qual é o segredo afinal/que o faz com a vida estar sempre bem/o ano passado estava tal e qual/
nem parece a idade que tem
É do vento e do sol todo dia/a mesma receita de sempre/de manhã lavar a cara com água fria/ e à noite os pés com água quente
Todos os anos metia um porco na salgadeira/criei os filhos com broa e sardinha/ensinei-os a sentar à mesa direitos na cadeira/e a terem cuidado com as espinhas
Fui sempre assim como ainda sou/nunca fiz por nada o que não fosse meu/ o dinheiro nunca
me faltou/porque nunca me prometeu
Gostava de caminhar ao luar/até os grilos me convidarem a deitar/depois de cear e rezar/
tinha de manhã o galo para me acordar
"Deus Pátria e Família", altos valores da espécie humana/todo o cuidado é pouco/ com quem não
assume que é louco/quando tais valores difama
Quem a sua pátria renega/não se comporta como gente/não molha os pés na água da rega/
falam mal da sua terra orgulhosamente/é porque não a ama verdadeiramente
Queixam-se do antes e do depois/das vacas e dos bois/dos três e dos dois/até deles próprios e da gente/por detrás e pela frente/ próprio de quem não houve a razão/não sente o coração/ de quem não tem gratidão/ou de quem está doente
Os que saem da sua terra sem olhar para trás/ nunca a amaram o suficiente/pra quando dela se está ausente/saber o que a saudade faz/a quem a houve e a sente
Agora só me sinto bem/destes portões para dentro/de verão a sombra do alpendre aqui me tem/
de de inverno o lume na lareira ´e o meu entretenimento
Falar da nossa gente assim/com gratidão e prazer/é falar também de mim/como se tratasse do mais nobre dever
Duma enfermidade convalescente/por isso esta visita lhe fiz/responsável terno e consciente/agradeceu e disse: nunca fui tão feliz
Trocamos um forte sorriso/e um sincero aperto de mão/às vezes a despedida de um amigo/ é que nos corta o coração
Um comprimento de cortesia/um copo de vinho d'praxe/pôr um pouco a conversa em dia/enfim, um bom momento de relaxe
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Por hoje é tudo. Não se esqueçam de ir votar. Ainda têm tempo! Só assim podemos ter voz activa!
Continuação de um óptimo Domingo.
Um abraço
SANTA
Excelente porque impressiona, talvez por vir do meio do "povo". Sem querer menorizar a memória do poeta e filósofo Agostinho da Silva noto, neste tipo de escrita, muitas parecenças.
ResponderEliminarAdmiremos tb. por isso, ainda mais, o nosso ex-camarada "poeta e filósofo" Carlos que, só por acaso, tb. é "Silva".
Eu, de "motu proprio", assim o farei.