16 janeiro 2018

A Viagem...

Tenho estado desde o Dia de Reis na bela cidade da F. da Foz. Na semana passada resolvi ir à Coimbra para resolver uma situação e decidi ir de comboio o que já não acontecia á muito tempo. Fiquei surpreendido com o tempo que se demora entre a duas cidades, cerca de uma hora e um quarto! Julgava que nos tempos de hoje, seria um pouco menos. Mas á coisitas que poderiam ser evitadas se calhar com um pouco de boa vontade, é que chegados a Coimbra B, estamos ali a secar quase um quarto de hora para depois seguir viagem para Coimbra A! Mas pronto. Eu vim a saber que existe um mais rápido, só que o horário é diferente, e para quem entra em apeadeiros tal não é possível pois não para! Isto tudo para dizer que a viagem até é agradável e que as estações apeadeiros estão ser renovados o que é bom. Mas, á sempre qualquer coisa que estraga o que é bom. Dizia-me em conversa um passageiro que partilhava a viagem comigo, que as obras eram como as obras de "Santa Engrácia". Isto é: nunca mais têm fim... Realmente, pelo que me é dado ver á minha porta (pois moro junto á via férrea e a um apeadeiro) assim é! O comboio em si é bom, tem ar condicionado, a menina avisa da aproximação das estações e apeadeiros e até me disseram que no princípio tinham música. Na minha viagem não houve!!! Depois á outras coisas também menos boas. Na viagem de volta, com tempo de chuva, entram uns jovens todos alegres para a minha carruagem, e sem mais nem menos sentam-se e vai de pôr os pés todos sujos em cima dos bancos. Claro, custou-me um pouco ver o que se estava a passar e disse: ó jovens, é pá não ponham os pés em cima dos bancos que ficam todos sujos pra depois outras pessoas se sentarem. Qual foi a resposta? Ouça lá, ó amigo, o comboio é seu? E eu disse: não, mas é uma questão de boa educação. Logo disse outro: vá lá dar educação para sua casa. E este que era o único que não tinha os pés em cima dos bancos, acabou por po-los também! Um jovem que tinha chegado pouco depois, e estava sentado noutro banco e que devia ser conhecido deles disse: é pá, tirem os pés de cima dos bancos. Não houvem? Não vêm que o senhor tem razão. Responderam eles: também tu? O comboio é teu? Olha, vai dar também uma volta! Agora tirem o moral desta história. Ainda bem, qe nem todos os jovens pensam como aqueles. Nem tudo é feito da mesma farinha! Já agora, a situação acabou com a chegada do revisor que não esteve para brincadeiras. A viagem estava a chegar ao fim. Estava outra vez na F. da Foz. Na saída da estação ainda voltei a ouvir uns "piropos" dos quais fiz orelhas "moucas". Em sinal de remate, deixo esta pergunta no ar: como serão estes jovens em casa deles? Como disse atrás, ainda bem que nem todos são assim, e que á sempre no rebanho de boas ovelhas, uma ovelha ranhosa! Da minha parte, um bem haja para todos aqueles que se sabem comportar.
E já agora "a atalho de foice" como se costuma dizer, estamos na terceira semana de 2018, e já foram atacadas três mulheres á facada por violência doméstica! Por mais que queiramos, não podemos passar ao lado de tudo isto e perguntar ao Estado para quando uma legislação capaz para por cobro a tal situação. As conversas sobre esta situação, houvem-se em toda parte com os comentários mais variados! É que, enquanto os nossos políticos se entretêm a resolver os problemas DELES, o nosso país avança a passos largos para a insegurança!!! Já não é tempo para esses senhores olharem para o país real?
Este texto também se poderia chamar "Histórias do nosso tempo"

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      ADORMECI E SONHEI QUE A VIDA ERA ALEGRIA,
      ACORDEI E VI QUE A VIDA ERA DEVER,
      AGI E CONCLUÍ QUE O DEVER ERA ALEGRIA

           "RABINDRANATH TAGORE (1861-1941)
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Com um abraço, SANTA.

1 comentário:

  1. Que os deuses e os políticos (desses tenho dúvidas) te oiçam!! Abr.

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