Por: F. Santa
De Lurdes Loureiro,
extraído (com sua autorização) do seu livro:
MULHER COMBATENTE.
“TUAS LÁGRIMAS”
Tuas lágrimas cor do mar
Desse mar que te levou
Os teus sonhos de princesa
Tuas lágrimas cor do mar
Que ninguém soube enxugar
Por desconhecer tua tristeza!
O mar devolveu-te um navio
Com destroços para cuidar
Tua alma de branca espuma
Escondeu-se dentro da bruma
Por nem poderes chorar!
O mar galgou a terra…
O teu peito e o teu ventre…
Tu és também destroços da guerra
Que abram os “cegos” a alma negligente
Porque tu és NOBRE e és GENTE!
Nasceu agora este poema
Que nem sei como lhe chamar
Pois tudo é pouco, tudo é insuficiente
Para ti, MULHER COMBATENTE
Por muito, por muito, te querer dar!
Talvez este poema
Com amor, no seu esquema
E sem nome para lhe chamar
Seja apenas um branco lenço
Para tuas lágrimas enxugar!
Isto foi um pequeno doce! Agora? Agora é comprar o livro que tem como titulo: MULHER COMBATENTE. Estilhaços Silenciosos da Guerra Colonial. Desde já, agradeço à autora LURDES LOUREIRO a autorização para publicar no nosso site as três poesias. A mulher não pode ficar de fora da problemática da guerra. Elas também tiveram o seu sofrimento e continuam a tê-lo. Nada deve ficar esquecido. A guerra não foi uma miragem. Foi uma realidade que não se pode esconder e nem tão pouco esquecer! A sociedade já não se lembra dela. Resta apenas os nossos filhos e os nossos netos (com um pouco de boa vontade) para a lembrarem. Depois o que resta? Resta o esquecimento. A lembrança? Essa? Só através das campas nos cemitérios e pouco mais.
Termino com um grande abraço para todos.
SANTA
Amigo Santa um abraço. Aconselho aos que possam e tenham vontade de ler a aquisição do livro em questão, o qual deverá ser dado a ler a todas as nossas mulheres e filhos, pois é a maneira mais "suave" de dar a conhecer alguns episódios que não temos coragem de exprimir directamente. Saudações do Paulo.
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