20 dezembro 2012

Natal




Camaradas

Estamos mais uma vez na Quadra Natalícia. Os anos passam sem dar conta como se fosse um sonho. O mundo pula e avança (como diz o poeta) para a sua própria destruição.
A relação do homem com a Natureza é de uma exploração sem limites. É triste ver os nossos rios com águas turvas,  ver o mar poluído e cada vez com menos peixe, os nossos campos invadidos por adubos e outras coisas mais que nos afectam a saúde, é o cimento das fábricas e de certas construções aberrantes. Nas cidades cada vez é mais difícil viver, o silêncio não se encontra ou até mesmo respirar. As nossas aldeias são assaltadas de diversas maneiras deixando um rasto de medo. É a violência doméstica, são os abusos sexuais, é o crime em geral, e tudo é feito pela mão do homem que destrói tudo sem apelo nem agravo. E quando certas coisas são feitas em nome da civilização e do progresso? Mas aqui, entram as máquinas inventadas pela inteligência do homem para tudo destruir.
Enquanto o homem recusar a beleza e a harmonia do Universo e a beleza do seu planeta e destruir a ambos, enquanto puser em causa a paz e recusar o amor, o mundo definhará.
Estamos todos em crise. ESTAMOS? NÃO. SÓ ALGUNS. A injustiça do homem (classe política) prevalece sempre sobre os mais pobres, fazendo-os mais pobres e os ricos mais ricos, espalhando a sua indiferença por todos aqueles que vivem na angústia da dita crise. Para ser possível terminar com estas injustiças, bastava a classe política e o homem em geral pôr fora a ânsia do poder, da grandeza, do domínio, e a avareza.
Vamos celebrar o Natal. Que os homens, e especialmente os nossos políticos que nesta quadra nos adoçam com frases sentidas falando ao nosso coração de paz e amor, parem um pouco para pensar na diferença que há entre eles, políticos, e o povo cidadão deste País, um jardim à beira-mar plantado que é Portugal. A maior parte, chega ao fim do mês e tem que pagar a sua casa ao banco ou a renda, e a água, luz, gás, alimentação e ainda as despesas com os filhos. E dinheiro? Sem trabalho, cortes nos salários daqueles que ainda o têm, cortes nas reformas (que algumas são esmolas), não há dinheiro que chegue! Há fome, há miséria, há dívidas, há depressões. E os políticos? É que vocês, governantes e os políticos em geral, têm dinheiro para tudo isto e mais alguma coisa. Dinheiro não falta, fome não passam, dívidas não têm. Que este Natal lhes clarifique as ideias e que nos dêem boas notícias em 2013. De contrário, que as consciências lhes pesem.
Camaradas. O vosso colega e amigo Santa, deseja aos mais desprotegidos, aos mais abandonados, aos mais necessitados, aos pobres, aos injustiçados, aos marginalizados, um Santo Natal na medida do possível junto das famílias e que ele vos traga muita saúde e muita paz. Aos ricos, aos poderosos, aos beneficiados, aos privilegiados, o que desejo? Que mudem de política e se lembrem daqueles que atrás descrevi. Só assim lhes poderei desejar um bom Natal na sua plenitude. Já agora, não se esqueçam também de todos aqueles que andaram na guerra do Ultramar. Dos seus problemas, das suas angústias, e especialmente dos Deficientes e suas famílias, que são tantos e precisam de ajuda. Que a Pátria não os abandone como abandonados estão aqueles cujas sepulturas se encontram espalhadas por terras do Ultramar. 
 NATAL; NATAL; NATAL. Que mudem as mentalidades dos nossos governantes, que os ricos deixem de ser mais ricos e os pobres passem a ser mais ricos. Este é o meu desejo, um desejo de Natal.






Que este Natal de 2012 traga para todos nós camaradas da 2415, e para todas as nossas famílias, muita saúde, paz e amor. Este desejo estende-se também a todos os nossos camaradas de guerra e a todos aqueles que têm visitado o nosso blog. Para todos um Santo Natal!


Que todos em geral, recebam no sapatinho a prenda que mais  desejarem. Deste vosso camarada e amigo, com o espírito Natalício, recebam um abraço do tamanho do mundo.



SANTA


1 comentário:

  1. Amigo Santa. Compreendo os teus desabafos sobre o estado geral do Mundo, dos galifões e parasitas que nos rodeiam, mas a vida é mesmo assim. Aplicando a lei da fisica -CONTRA A FORÇA NÃO HÁ RESISTÊNCIA- à nossa situação actual, resta-nos levantar os olhos para o CÉU e aguardar o "dia do juizo final". A democracia é a doutrina mais perto da anarquia, é tudo uma questão de tempo. Votos de boas festas, saúde, amor e paz. Um abraço, Paulo.

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