Por: F. Santa
As fotos seguintes são mais uma descoberta, desta vez não no álbum das recordações mas sim numa pequena caixa bem guardada no fundo de uma gaveta. Elas não são mais que uma amostra do início do tempo militar que se ia seguir. Não passava ainda de uma espécie de brincadeira aos militares.
Estas cenas passaram-se em Santarém no anexo da E. Prática de Cavalaria onde iniciei a minha recruta. Como podem ver pelas nossas caras, era a preparação para mais uma instrução nocturna, lá para as bandas do “Zé Morto”, assim se chamava o local da instrução. Já viram bem os rostos? Lá se foi a graxa das botas! Depois de tantos anos, o que era o Zé Morto desapareceu dando lugar a um bairro. As figueiras que havia por lá, e que tantos figos deram para nós, já não existem. Parece que ainda estou a ver um dos donos, de lanterna a petróleo na mão e com um pau na outra, a correr atrás de nós, mas quando viu que éramos militares, deu autorização para comer o que quiséssemos mas lá foi dizendo: Mas não abusem!
__________________
_________________________________________
“A PISTOLA WALTER”
Esta pistola entrou ao serviço no Exército Português em 1961, tendo sido logo utilizada pelas Tropas Portuguesas em combate na guerra Colonial.
O seu peso era de 800 gramas, comprimento 216 mm, calibre 9 mm, alcance 50 metros. Sistema de carregamento, carregador.