22 novembro 2019

PEDRA - DE - ARA (continuação)

Continuação)
Só uma pedra, eu hei-de amar
Assim é que o poeta se queixa
Pois ela, nunca o há-de deixar
Como sua vida um dia o deixa

Quando a gente, da vida partir
E para sempre aqui vier morar
Aos que quiserem, vir a seguir
O que as pedras lhe vão contar

A pedra, onde a gente se senta
Ai que ninguém a menospreze
Pode dar em pia de água benta
Ou bica de fonte onde se bebe

Limpas ou de musgo vestidas
Fortes, robustas, rijas e duras
A todo o sempre, decorativas
De casa museus e sepulturas

E, há-de ser vista e apreciada
Por todos quanto passarem
Dirão eles, pedra abençoada
Que nunca deixou seu lugar

E tudo, tudo se transforma
Por obra e graça, do destino
Só mesmo a pedra, cá ficou
Foi tão natural como divino

Mas se não há pedras vivas
Porque se invocam no altar
Somos a voz nelas contidas
Se as enaltecemos, a cantar

Esse, que vive desesperado
Cantando, para não chorar!
Até beija as pedras do adro
Se quem ama, lá vir passar

Para amar ensinar e prégar
Eu, aqui a este mundo vim
Jesus disse: se Eu me calar
Falarão as pedras por mim

Sentado nela, eu descansei
Em cima dela me deitaram
E às abas dela me abriguei
Debaixo dela me deixaram

Naquele dia em que parti
Descurei eu os vendavais
E ao regressar o que lá vi
Só as pedras e nada mais

Pedra, se o pó te cobrir
O vento o há-de soprar
Se a lágrima em ti cair
A chuva, te há-de lavar

   E termina com Stº. Agostinho

        É na humildade que reside o poder. Os humildes são como a pedra: está no chão, mas é sólida. os orgulhosos são como o fumo: é alto, mas dissipa-se.

                                                                FIM
 Com o desejo de um bom fim de semana para todos, me despeço por hoje. SANTA

       






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