01 novembro 2019

DIA 1 DE NOVEMBRO...

Dia 1 de Novembro. Dia em que lembramos os familiares, amigos e companheiros que já partiram deste mundo, não podíamos esquecer os nossos camaradas da 2415 que também já nos deixaram e desejar que as suas almas descansem em paz. 

Encontrei no livro do nosso ente-querido Carlos Silva, um pequeno texto com o titulo:

                        "DEPOIS DO FIM, CONTINUA O QUE NÃO TEM FIM"

O destino, ou seja lá quem for que nos leva a vida, é como o vento cruel que não devolve a folha ao ramo da árvore depois de ter soprado e atirado ao chão. A Natureza que faz brotar a água da bica da fonte de cima para baixo sem não mais a devolver à nascente para voltar de novo a nascer,como o rio que tem sempre o mesmo local de partida e o mesmo local de chegada inclinada de cima para baixo é que assim todos os «os santos ajudam». O homem pode interromper o percurso mas não pode inverter a marcha nem conter totalmente a corrente mesmo que queira. Em relação ao sol por ser o único elemento da natureza em que o homem não pode chegar nada pode fazer para o impedir de nascer e morrer, e porque havia de o fazer se tem a certeza que isto está sempre a acontecer? Para que haja a noite  e o dia tem tem ele mesmo que nascer e morrer. Assim como a folha que nasce e morre uma só vez a água que nasce e percorre o seu curso natural  e morre no lago ou no mar como o rio uma vez nascido a morte é inevitável. A vida humana não tem o estatuto do vento, do sol e da lua nem o homem tem condição de poder dizer que a vida é sua. A natureza renova a vida naturalmente por si mesma. O homem renova-se através dos seus descendentes e é por isso que ele vive preocupado até ao fim, e, pergunta como será isto depois de mim? Pensando bem a preocupação maior é ter de se preocupar também com a vida depois do fim.
 Por fim!... Por fim: havemos de chegar todos ao fim da nossa era, acompanhados ou sós, ao fim da picada, ao fim de nós, ao fim da rua, enfim!... A vida é assim, mas por fim, antes o fim do princípio que o princípio do fim, pois sim, é o fim do fim, mas o tempo continua, porque esse não tem fim.

  Adeus até sempre/ convosco queria ficar/ mas nesta vida da gente/ não somos senhores de mandar

E termina assim:
                           Um ignorante pensador como eu, pouco instruído inculto e com o sonho iludido, se não fosse o coração que de Deus me deu, que ás vezes vê, ouve e fala, outras vezes fica cego surdo e mudo, e sempre que se cala, só pode ser por timidez, humildade, intimidade ou sensatez!...

  Espero que todos tenham um óptimo fim de semana.

                                                              Um abraço SANTA

                                            

1 comentário:

  1. Mais uma vez me sinto tão pequeno perante tanta sabedoria e, mais do que isso, coragem, aquilo que falta à maioria do mundo e que ele tão bem conhecia. A minha admiração e respeito são cada vez maiores pela sua memória.

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