29 março 2019

CONVÍVIO...

Olá malta da 2415! Mais uma vez lembro aqui o nosso convívio (4 de Abril próximo) que desta vez se vai realizar no Algarve em Castro Marim☺. Gostava que a malta fizesse um pequeno sacrifício e irmos todos até lá. Os nossos convívios têm sido realizados acima de Lisboa excepto dois em Montemor o Novo. Além de Lisboa foram também (se a minha memória não me falha) entre Almeirim e Salvaterra de Magos, Torres Vedras, Coimbra, e mais a norte Anadia. Como vêm, têm sido todos cá para cima na sua maioria. Só na zona de Coimbra foram cinco se a minha memória não me atraiçoa! Tudo isto para dizer o quê? Que no Algarve só foi feito um... e sempre ouve camaradas que com as suas famílias fizeram sacrifícios para vir até cá cima. Eu que já realizei cinco convívios o meu desejo é que viessem todos.Só quem realiza um convívio é que sente o prazer que é ser correspondido com a presença da malta. E se nós cá de cima gostamos que a malta compareça, eles lá em baixo terão o mesmo sentimento que nós.  Espero que a malta da 2415 compareça com mais ó menos sacrifício neste convívio! É sempre bom que nos encontremos de ano a ano! Não podemos deixar morrer a nossa amizade que foi construída ao longo destes nos desde o tempo que formamos companhia em Cavalaria 7. Claro, isto não é obrigar a malta a ir, é sim a vontade que eu tenho de todos poderem estar presente. Aqui, ponho-me no lugar do João Vieira da Silva que gostaria de ter lá o maior número possível de malta. Para ele que vive intensamente  tudo o que está relacionado com a 2415, seria uma alegria☺☺☺☺☺☺.
         Para todos um grande abraço e um óptimo fim de semana
                                                   SANTA

26 março 2019

,OLÁ CAMARADAS!

É mesmo assim. Olá camaradas da 2415! É já no próximo dia 4 de Maio no Algarve, mais propriamente em Castro Marim, que vamos comemorar mais um aniversário ( já lá vão 51 anos!) desta vez organizado pelo nosso camarada João Vieira Rodrigues que promete grandes surpresas! Sendo assim, faço votos para que a malta se organize com tempo para estarmos todos na máxima força. Além do convívio vai ser um passeio excelente! Não vamos desapontar a malta lá de baixo pois têm vindo sempre dá cima.
Brevemente vai haver mais notícias!
              Santa

24 março 2019

ETERNA SAUDADE...

ETERNA SAUDADE, é um poema de um camarada meu, sócio da ADFA que eu tomei a ousadia de publicar no nosso Blog por achar uma homenagem bonita ao nosso saudoso Presidente Comendador José Arruda.

Tu camarada e amigo Presidente,
Que aqui na nossa casa
Foste sempre uma figura presente.
Deixaste-nos tão de repente
Não contávamos com este infeliz desenlace
Com tanta luta que ainda temos pela frente.
Partiste sem te despedires
De todos os que sempre te seguiram
E te viam como nosso Comandante-Chefe.
A tua figura física vai deixar de estar presente
Mas sempre o que tudo defendeste
São causas que em nenhum de nós arrefecem.
Foste sempre uma referência
Para os que no Cumprimento do Dever
Ficaram marcados para a vida.
Deixaste-nos abruptamente
Quando menos esperávamos
Vais ser uma ausência muito sentida.
Como vês Camarada e Amigo,
Não há Decreto-Lei que nos valha
Na hora da última decisão
Lutamos todos estes anos
Contra as doenças e as mazelas
Que nos foram enfraquecendo o coração.
Camarada e  amigo Presidente,
Como muitas vezes me afirmaste
Trata-me somente por Zé.
Mostravas nestas pequeninas coisas
A grandeza da tua alma
Que a todos nos enchias de fé!
Camarada e Amigo Presidente,
A morte roubo-nos a tua presença 
Quando mais precisávamos de ti.
Todos juntos vamos saber honrar-te
Nenhum de nós vai ficar para trás,
Porque tu exigias que fosse assim...

                                  DANIEL FOLHA

  Tudo isto, retrata o que era realmente o se humano José Arruda tão bem retratado pelo meu camarada Daniel Folha autor do que acabei de escrever. Espero que gostes de ver o teu poema no nosso blog. É uma outra forma de prestar homenagem ao ZÉ...

                                                Com um grande abraço para todos

                                                        SANTA




19 março 2019

SIMPLESMENTE DESOLADOR...

É o que se pode dizer da tragédia que aconteceu em terras de Moçambique: DESOLADOR. As imagens que têm passado nas televisões mostram realmente o estado em que tudo ficou. O nosso blog não podia ficar alheio à tragédia pois andámos por aquelas bandas e a tristeza acabou também por nos atingir. Conheci a Beira. Uma cidade bonita. Agora está irreconhecível com um   grau de destruição enorme. No norte, no Malawi, aconteceu a mesma coisa. Conhecendo a zona como nós conhecemos, eu faço ideia como ficaram aquelas povoações. Por aquilo que me apercebi, há aldeias que desapareceram completamente. O que será dos sobreviventes sem casas, sem comer e que vestir? É, também, uma tragédia humana sem precedentes. As alterações climatéricas não perdoam. Cada vez vai ser pior. Quanto ao homem, não se preocupa, pois está cada vez mais empenhado em auto-destruir-se a si próprio. Há cimeiras e mais cimeiras, tudo muito bonito mas falta o principal: é agir. Até lá...
O blog da C.Cav2415 está neste momento solidário com a dor e tristeza que o povo Moçambicano sente, nestas horas dramáticas da sua vida.

                                                                     Pela 2415

                                                                      SANTA

10 março 2019

A MEMÓRIA PASSEANDO ...

A memória passeando por Moçambique. Ela faz-nos recuperar o passado de uma maneira que nos traz tudo como se fosse ao vivo. Os locais por onde passou a 2415 bem como outras Companhias e Batalhões que neles estacionaram e que fazem parte da nossa identidade como militares combatentes que fomos. Tudo o que se escreve sobre este assunto, não é mais que no tempo presente ninguém se esqueça e que no futuro não venham ignorar. Afinal, a Guerra Colonial existiu e faz parte da História de Portugal.
Através da nossa memória, vamos por exemplo recordar alguns nomes de aquartelamentos de Moçambique no que se refere à província do Niassa que fica no extremo noroeste do país, e tem como capital Lichinga antiga Vila Cabral. É a província com maior área mas também é uma das menos povoadas.
Começamos por:Vila Cabral, Lunho, Mecaloge, Galgoliua, Nantuego, Metangula, Cóbue, Chiuleze, Mecula, América, Namicunde, Maúa, Marrupa, Metarica, Macanhelas, Luatize, Mandimba, Nova Freixo, Belém, Lione, Nova Viseu, Muembe, Chiconono, Pauíla, Malapísia, Litunde, Catur, Meponda, Nova Coimbra, Maniamba, Olivença, Cantina Dias, Massangulo, Unango, T. Valadim, Mandimba, Muoco, Révia, Mrama, Nanlixa, Candulo, Metarica. No meio disto tudo, não sei se estão todas. Mas julgo que estas eram as mais importantes. No entanto, já dá para perceber a dimensão das tropas espalhadas por esta província. Além de aquartelamentos ainda haviam companhias que tinham destacamentos. Em todos eles (uns mais que outros) se passaram as agruras da guerra mas também se cultivaram muitas amizades que duram até aos dias de hoje através de muitos convívios que se realizam por este Portugal fora durante estes anos todos.

      Por hoje é tudo desejando uma óptima semana para todos.
                         
                                               SANTA

08 março 2019

AS MULHERES...

NESTE DIA QUE ESTÁ A FINDAR, VIVAM AS MULHERES! QUER QUEIRAMOS OU NÃO ELAS SÃO AS NOSSAS HEROÍNAS! SÃO UM BEM PRECIOSO. DO NOSSO BLOG, BEIJINHOS PARA TODAS!


                                     Pelo nosso blog
                                          
                                              SANTA

05 março 2019

O TEMPO PASSA:::

É assim mesmo. O tempo passa e para nós que andámos na Guerra Colonial as memórias estão sempre presentes. Já não voltamos a ter vinte anos! A idade em que nada nos metia medo pois a juventude que tínhamos assim o permitia. Agora, que estamos todos já no patamar dos sessenta e setenta anos, é que o nosso corpo começa a sentir-se mais com as mazelas que tem. Neste caso, aqueles que são deficientes são os que mais sofrem. Com a velhice que já nos ronda, as deficiências vão-se agravando. É neste contexto, que as memórias de guerra estão sempre presentes em nós. Muitos que até à pouco tempo andavam,  já deixaram de andar e sair de casa já se torna complicado ou ainda estão acamados, outros os problemas neurológicos complicaram-se afectando as suas famílias e o seu bem estar no seu lar e ainda aqueles que nos vão deixando por problemas graves da sua deficiência. O tempo passa, mas para nós o fantasma da guerra persegue-nos até ao fim da vida. Para muitos não é fácil. E porquê? Porque todos dias olham para a sua deficiência e não sabem lidar com ela chegando ao ponto de se revoltar com eles mesmos. Hoje para quem é jovem talvez seja difícil compreender todas estas coisas, mas é verdade. É verdade porquê? Pois quando se vai ás escolas falar sobre a Guerra Colonial e se aborda estes assuntos, as perguntas são imensas e muito variadas. No fim, nota-se em alguns rostos uma certa tristeza por conhecerem o estado em que ficaram muitos de nós quando do regresso a casa. Quando às vezes conto o que se passou com um colega nosso que esteve cerca de quarenta anos acamado e que só mexia a cabeça, alguns ficam admirados perguntando: Como foi possível? Para a guerra tudo é possível mas para este nosso colega viver estes anos todos assim, foi a dedicação que lhe foi dada pela família e o amor como a sua doença foi tratada pela mesma.
E é assim. O tempo vai passando e ela, a maldita guerra, só nos deixa quando a nossa vida chegar ao fim. Muitos podem perguntar: mas porque não esquecem a guerra? Ela não pode ser esquecida, Não pode ser esquecida porque a nossa juventude ficou marcada por ela. E ainda, para que a  juventude de agora, fique a saber por nós (já que o Estado não se interessa) tudo o que passámos bem como os nossos familiares e ainda, para que ela não fique de uma vez para sempre escondida e esquecida como tantos têm interesse em que isso aconteça. Que esta juventude de agora não passe pelos sacrifícios que nós passámos bem como as suas famílias. Que sejam capazes de fomentar a Paz o amor e não o ódio e a guerra.

Este texto, bem a propósito de uma conversa que teve um grupo de amigos (eu incluído) durante um almoço em que nós aproveitamos para relembrar alguns episódios que passámos na guerra e cimentar ainda mais a nossa amizade e não nos esquecermos um dos outros. Todos nós combatentes temos uma amizade ímpar!

                                      Para todos com amizade um grande abraço.

                                                                 SANTA