15 setembro 2016

CANTA O MELRO NO SILVADO

De quem havia de ser: Carlos Silva!

O melro de negro vestido
       De bico alaranjado
    Anda triste comovido
Sem saber cantar o fado

  Ó tu que voas tão alto
Tocando o céu é as estrelas
As penas te dão sobressalto
Se um dia vieres a perdê-las

Dizem que és viúvo alegre
  Só por cantares de luto
Não há ninguém que medre
Tendo a tristeza ao conduto

      Esvoaçando assobia
       É dono deste  pomar
        Tiveste a tua alegria
     Sábias o que era cantar

Porque és tão preto por fora
Como te sentes por dentro
       Só sabe quem mora
     O que vai no convento

Ó melro canta no silvado
Que eu quero adormecer
   Ouvindo esse trinado
Que acalma o meu sofrer

   Muito gostas de fazer
O ninho no verde salgueiro
  Como tu gostas de ser
Cantante em alto poleiro.

Termina aqui a pequena homenagem que o nosso blog prestou ao nosso companheiro da 2415 Carlos Almeida da Silva. Além da poesia, ele é muito mais coisas. Para ti, um grande abraço e ficamos á tua espera em Maio do próximo ano, no almoço da Companhia que se vai realizar em Coimbra.

    É assim. Poesia é poesia! Um abraço de fim de semana!

                                        SANTA

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