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30 setembro 2016

COMO PASSAR UM DIA...

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Hoje, dia 30 de Setembro, escrevo este artigo depois de ter passado o dia fora do parque de campismo.Não me levantei cedo mas também não me levantei tarde. O dia está lindo! Atravessei a ponte da Gala (conhecida pela Ponte dos Arcos) e depois a ponte Edgar Cardoso sobre o Rio Mondego que liga a Cova Gala á Figueira da Foz e dirigi-me com a minha mulher ao mercado. Gosto de ver todo aquele movimento. As pessoas em volta das bancas onde estão expostos os mais variados produtos. As bancas que mais aprecio, são as bancas do peixe. Gosto de ver o pescado e ainda alguns pregões que se houvem da boca das peixeiras, pregões que ainda resistem ao tempo. No meu carro, transporto sempre uma mala térmica. Comprei a respectiva sardinha, ameijoas e algumas cavalas que fazem muito bem á saúde.
Sai do mercado rumo á avenida marginal. A visão da praia já não é a mesma quando eu era miúdo. O mar está mais longe e a areia é demais! Quem gosta de praia, desloca-se agora mais para norte para a praia de Buarcos. Agora sigo em direção á Serra da Boa Viagem. Á medida que se vai subindo, vai-se apreciando a linda paisagem para o lado do mar. Já embrenhado na serra, descanso um pouco ao som de uma boa música do rádio do meu carro. Depois, sempre acompanhado pela minha mulher, faço um pequeno trilho a pé para apreciar o interior da mata. Volto ao carro, e dou início a viagem de regresso á Figueira.Passei depois pela doca de recreio. Gosto de apreciar os barcos, as suas linhas etc. Agora estou de regresso ao parque de campismo. Toca a preparar a sardinha, e acender o grelhador. Neste momento estava a ser espiado por dois Esquilos! A minha mulher prepara uma boa salada com os respetivos pimentos, e eu vou convidar um casal amigo. Agora é pôr a mesa e esperar que a sardinha asse. Ora aí está, uma sardinhada á maneira regada com um bom vinho do lavrador.
Depois de tudo isto terminado, é lavar a louça e beber a respetiva "bica"!
Da parte da tarde, fui até á doca pesca. Aqui já sozinho, fui apreciar a preparação dos barcos de pesca para a faina. É bonito ver toda aquela movimentação. Mas, penso ao mesmo tempo nestes homens que vejo á minha frente, que trazem para terra o peixe que comemos. Quantos sacrifícios passam estes homens? Será que ganham o merecido? Isto já é outra conversa! Saindo daqui, fui até á foz do rio. Estava a entrar um navio que transportava contentores. Gosto de ver a entrada dos navios na barra. Regresso, passo pelo Cabedelo, antiga praia de Lavos, local onde está o monumento que assinala o desembarque das tropas inglesas em 1808, e vou direito ao mollhe sul onde encontrei uns amigos. Foi trocar algumas palavras e lá vamos nós molhar a garganta com alguns "finos". Depois, foi a despedida. A tarde chegava ao fim. Liguei á minha mulher que não estivesse em cuidados pois estava sentado na praia para ver o pôr do Sol. E assim aconteceu. Vi o astro rei desaparecendo na linha do horizonte com uma cor lindíssima espelhada nas águas do mar e eu pensando: Amanhã ele vai aparecer do lado contrário. É sinal de um novo dia. Este está a terminar.
Caminhei lentamente até ao meu carro e iniciei o regresso ao parque de campismo. Chegado a minha mulher pergunta-me: Então por onde andaste? Então fiz-lhe um breve relatório e no fim disse - lhe: Já viste o dia que passamos na paz e na tranquilidade e ao cabo e ao resto em harmonia com a natureza? A natureza dá-nos harmonia para o bem estar, embora seja muitas vezes mal tratada pelo homem! É o peixe no mercado, é as flores, é a fruta, a pesca, a sardinhada, Esquilos a serra e os barcos os amigos e por fim o pôr do sol! Tudo isto, a natureza nos dá. E  assim passei o dia!

  Lá diz o nosso amigo Carlos Silva:

"O tempo mais mal aproveitado/está bem de ver/é o que é perdido ou passado/sem ser vivido a amar a conhecer e a prender"


Como o tempo é precioso/o tempo é curto para ser mal aproveitado/não dolente nem preguiçoso/não espera nem regressa/não acaba nem começa/desperdiça-lo, empatá-lo/ pensando que o recupera, está bem enganado/a vida só tem um ciclo, depois é tempo passado/quem nos dera/ que fosse eterno, como o ano que morre com o Inverno, e nasce com a Primavera.

                                     Para todos, com um grande abraço, SANTA.





21 setembro 2016

NÃO DEIXES QUE SE ESQUEÇAM DE TI... APARECE!

Pois é. Estamos chegados á nossa exposição fotográfica da Guerra Colonial.
Não se pode querer passar a mensagem aos jovens de agora que a guerra não existiu. ELA EXISTIU! Para quê tentar esconde-la? Quer se queira ou não, quem a quer esconder da nossa história tem que aguentar: ELA EXISTIU! Consequências? Milhares de mortos e feridos e ainda milhares de deficientes já para não falar daqueles que lá contraíram doenças para toda a vida e de famílias destroçadas.
 Do Editorial e "ELO", passo a transcrever:
"Como portugueses não podemos estar indiferentes à ideia de porventura serem aplicadas sanções porque dizem que pisamos o risco e não cumprimos o estipulado no tratado orçamental e, como tal, estamos em défice - Deficiência - por isso, de viva voz, dizemos que é hora de reparar os danos e saldar a dívida. Nós desempenhamos uma função militar, deram-nos uma arma e não uma caneta, por isso matámos e morremos."

Os deficientes não querem ser os coitadinhos! Querem ser é tratados  com dignidade pelas forças políticas deste país. Roubaram-nos a nossa juventude e puseram-nos uma arma na mão. Fomos vítimas de uma guerra injusta. Se é que á guerras justas. E como diz o nosso convite: NÃO ESQUEÇAS NENHUMA GUERRA PARA QUE A PRÓXIMA NÃO SE LEMBRE DE TI.


A partir deste sábado, a exposição está ao dispor de todos de segunda a sexta até 15 de Outubro..
 Haverá palestras para as escolas que assim o desejarem mediante marcação. Contactar BIBLIOTECA MUNICIPAL DE ANADIA



Imagens como esta, que esta nova geração não volte a ver!

Por hoje é tudo. Um abraço para todos.

SANTA






19 setembro 2016

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA - GUERRA COLONIAL 1961 - 1974

Como prometi, aqui vai o convite para quem quiser estar presente nesta iniciativa da Delegação de Coimbra da A.D.F.A.



SANTA

15 setembro 2016

CANTA O MELRO NO SILVADO

De quem havia de ser: Carlos Silva!

O melro de negro vestido
       De bico alaranjado
    Anda triste comovido
Sem saber cantar o fado

  Ó tu que voas tão alto
Tocando o céu é as estrelas
As penas te dão sobressalto
Se um dia vieres a perdê-las

Dizem que és viúvo alegre
  Só por cantares de luto
Não há ninguém que medre
Tendo a tristeza ao conduto

      Esvoaçando assobia
       É dono deste  pomar
        Tiveste a tua alegria
     Sábias o que era cantar

Porque és tão preto por fora
Como te sentes por dentro
       Só sabe quem mora
     O que vai no convento

Ó melro canta no silvado
Que eu quero adormecer
   Ouvindo esse trinado
Que acalma o meu sofrer

   Muito gostas de fazer
O ninho no verde salgueiro
  Como tu gostas de ser
Cantante em alto poleiro.

Termina aqui a pequena homenagem que o nosso blog prestou ao nosso companheiro da 2415 Carlos Almeida da Silva. Além da poesia, ele é muito mais coisas. Para ti, um grande abraço e ficamos á tua espera em Maio do próximo ano, no almoço da Companhia que se vai realizar em Coimbra.

    É assim. Poesia é poesia! Um abraço de fim de semana!

                                        SANTA

13 setembro 2016

FAZER DA SOLIDÃO A MELHOR COMPANHIA...

Mais uma vez, do nosso camarada Carlos Silva, aqui vai mais uma das suas poesias.

 
  Quem faz da solidão
A sua melhor companhia
  Faz de alma e coração
  A mais rígida poesia

Os sinos dobrando choram
  Com a partida de alguém
As paixões que nos devoram
  São as que a gente não tem

A liberdade que eu canto
  Não aprendi na escola
Sou como as aves do campo
  Antes o céu que a gaiola

  Passarinho tem cuidado
  Que a vida é uma ilusão
Antes livre pobre e honrado
   Do que rico na prisão

De roxo se cobre a terra
  De penas o coração
Vai o lírio à Primavera
Ao peito tristezas vão

  De arma e baioneta
Na farda palma brilhante
  Melhor fora capa preta
Aos ombros de um estudante

Se algum amigo morrer
  Havemos de chorar
O que lhe viemos trazer
Já lho não podemos dar

    E é assim que corre o tempo.  Parece que não, mas muitas vezes a poesia alimenta-nos nas horas de solidão.

              Para todos, boa continuação. Um abraço. SANTA.

      



10 setembro 2016

VOLTAMOS À POESIA...

Mais uma poesia do nosso camarada da 2415 Carlos Silva. Refere-se ao pastor Alentejano e ao seu fiel amigo rafeiro, cão Alentejano.
Ora então aqui vai...

  O pastor teve um amigo
Que de todos era o primeiro
  Andava sempre consigo
pra chamar dava um latido
Fiel amigo e companheiro

Se estava alegre e bem disposto
  Punha a cauda enrolada
Como o sol do mês de Agosto
  De manhã ao sol posto
Língua de fora bem molhada

Sentinela alerta sem sono
  Quase sempre acordado
Lambia as feridas do dono
Não o deixava ao abandono
  Tinha o faro bem apurado

Não há cão mais inteligente...
  Que o rafeiro Alentejano
  Só não fala como gente
  Mas é meigo e obediente
Que até lhe chamam mano

  Quando o barbado morreu
O pastor trise e amargurado
   Nunca mais o esqueceu
Desde a hora em que o perdeu
   Até ele estranha o gado

Este nosso amigo surpreendo-nos com vários poemas que foi trabalho de muitos anos. Tem para cima de uma centena. A sua sensibilidade popular, na minha opinião é muito boa. Quem olhar para ele, não o vê como poeta! Como camarada da 2415, é justo que se faça conhecer a sua faceta de poeta.
Um abraço para ti Carlos Silva.




Para quem não conhece, aqui está uma das raças de cão rafeiro alentejano.

Do Santa para todos, um grande abraço.

05 setembro 2016

BRINCADEIRA...

Cá estamos nós com  "Brincadeira". Escreveu assim A. Veríssimo...

Levo a vida a brincar
Uso a brincadeira
Para me apresentar

Adoro a brincadeira
Não deixo de brincar
Levo a vida traiçoeira
Sem importância lhe dar

Levo o dia à minha maneira
A brincar com a vida
Simbólica e passageira

Quantas torturas
Com espinhos de picar
Quantas as amarguras
A todos vão calhar

Não deixo de brincar
Continuo a brincadeira
Enquanto DEUS me deixar

     É assim com uma brincadeira me despeço por hoje. U abraço. 

                                                      SANTA

02 setembro 2016

PORQUE NÃO?...

Mais uma vez, de António Veríssimo

ALJUSTREL VILA MINEIRA

Conhecida "Vila Mineira"
Do vale amplo e ensolarado
Gente humilde e brejeira
Recordando a mina do passado
Aquela que está a desaparecer
Morrendo uma fonte de vida
Que foi história jazida
Aos Romanos pertenceu
Vispaca, do Al Lustre
Na vila onde cresceu
O mineiro, homem ilustre
Na vila muita gente
No subsolo trabalhava
 Fazia-o orgulhosamente 
A quando a mina laborava
Hoje o mineiro nada tem
Vive em precaridade
Porque a mina também
É somente recordação e saudade.


Com um abraço do SANTA e tudo de bom para as gentes de Aljustrel.