25 setembro 2015

MOMENTO DE POESIA...

  Voltamos á poesia de Sá Flores nosso companheiro de guerra e invisual. Estes poemas que tenho transcrito para o nosso blog já têm quarenta e tais anos.

       A VIDA
A vida
é uma pedra
solta numa praia
O mar beija - a
O sol aquece - a;
Mas quando há temporal,
vêmo - lá aos baldões
por terras desconhecidas,
parando
em largo deserto,
onde nada se tem,
e nada se conhece.


    MOLÉSTIA
Sinto em minha alma
uma alma diferente
uma alma melancólica
e doentia
Oh! Meu Deus.
Quem a minha alma transformaria
Seria a a moléstia?
Sim, essa horrorosa dor
que se rasga no meu cérebro
transformando os dias de sol
em nuvens escuras
tão negras,
Como brasas apagadas
O meu corpo
treme de languidez
No rio das minhas veias
singram micróbios tropicais
As minhas mãos
que outrora pousavam
sobre giestas verdes
com flores amarelas
tacteiam agora
no caminho agreste
onde se prendem os meus passos
e se  rasgam os meus braços
em carvalheiras bravas.
Ou! Meu Deus.
Já não sei quem sou...
diz - me quem serei eu...
Está alma não é minha,
Este corpo não é meu.
        
                                           Sá Flores

   Espero que gostem destes poemas. Nem só da Guerra ou de artigos da Guerra vive o nosso blog. Até porque, muitos companheiros nossos não têm mostrado interesse em colaborar nele. E sendo assim, para que ele não acabe,(pois tem vindo muita gente ao nosso blog) não podemos deixar apagar a chama que o alimenta, alimentando - o com outros assuntos que se enquadrem na nossa forma de vida. Isto é: Camaradagem e amizade entre companheiros de guerra.
                             
           A todos os que nos visitam, um obrigado e um grande abraço meu e de todos os outros meus companheiros, que têm participado no nosso blog e em geral da 2415.
                                                                     SANTA
    

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