O destino marca a hora... e a hora marca-nos a surpresa. Comigo, tem sido uma realidade!
Tenho estado com a minha mulher a passar uns dias na F. da Foz. Na passada Quarta- Feira, por iniciativa dela, fomos a Fátima. Depois de algumas horas lá, resolvemos partir de regresso á Figueira. Passamos Leiria e resolvi contra a vontade da minha mulher, ir por Amor. Localidade onde estive à quarenta e três anos com uns amigos a comer uns belos chouriços assados em aguardente acompanhados com uma bela broa e uma bela pinga. Amor, passado este tempo todo, está diferente: para melhor. Depois segui viagem até á Base Aérea de Monte Real. Parei, vi alguns aviões que andavam em exercício e segui viagem. O meu destino era agora passar pela praia de Pedrogão. Era! Pois vi a placa de Vieira de Leiria e resolvi (mais uma vez contra a vontade da minha mulher) fazer inversão de sentido de marcha e sim rumar a Vieira de Leiria. Sem nada que o fizesse querer, lembrei-me do nosso amigo e companheiro da 2415, Carlos Abreu Natario que já não era visto desde 1995! Disse para a minha mulher: Olha para o teu lado que eu olho para o meu pode ser que a gente o veja. Disse a minha mulher: olha que eu se calhar já não o conheço. Nisto eu só me lembro de dizer alto para ela: é ele, é ele! Eu a chegar ao cruzamento e ele (o nosso amigo Natario) a passar na passadeira! Incrível! Tive de arranjar maneira de encostar o carro sem o perder de vista e ir a pé ao encontro dele. Era mesmo o nosso companheiro e amigo Natario. Conheceu-me logo. Com as lágrimas nos olhos abraçou-me. Ficamos alguns segundos em silêncio antes de dizermos alguma coisa um ao outro. Depois, com a voz rouca e em tom baixo ( pois é doente da garganta) disse-me: o que é que andas aqui a fazer? E eu disse: não sei! E contei-lhe como fui ali parar. Fomos a um café, e começamos a desfolhar o livro das nossas memória.
Ficou a promessa de ir ao nosso próximo convívio.
O encontra estava a chegar ao fim. Um longo abraço de despedida com as lágrimas nos olhos onde ele me disse, para que através do nosso blog, eu em nome dele, mandasse um grande abraço com amizade para todos os companheiros da 2415. Ele não tem computador. Viu duas ou três vezes o nosso blog no computador de uma pessoa de família.
É uma história, que para muitos pode não ter importância mas para mim, tem-na toda. É curioso, que muitos alunos nas escolas (quando se sobre a guerra) perguntam, porquê tantos almoços de convívio. É um facto. Para mim, (é a minha opinião) as amizades criadas na guerra através da convivência em ambientes que nos podem levar á morte ou á deficiência e ainda da separação á chegada, é uma amizade diferente das outras. Sendo assim, os encontros em convívio ou encontros como este que acabei de descrever, têm toda a importância. Têm sim.
Aqui vai a foto que regista o nosso encontro.
Tenho estado com a minha mulher a passar uns dias na F. da Foz. Na passada Quarta- Feira, por iniciativa dela, fomos a Fátima. Depois de algumas horas lá, resolvemos partir de regresso á Figueira. Passamos Leiria e resolvi contra a vontade da minha mulher, ir por Amor. Localidade onde estive à quarenta e três anos com uns amigos a comer uns belos chouriços assados em aguardente acompanhados com uma bela broa e uma bela pinga. Amor, passado este tempo todo, está diferente: para melhor. Depois segui viagem até á Base Aérea de Monte Real. Parei, vi alguns aviões que andavam em exercício e segui viagem. O meu destino era agora passar pela praia de Pedrogão. Era! Pois vi a placa de Vieira de Leiria e resolvi (mais uma vez contra a vontade da minha mulher) fazer inversão de sentido de marcha e sim rumar a Vieira de Leiria. Sem nada que o fizesse querer, lembrei-me do nosso amigo e companheiro da 2415, Carlos Abreu Natario que já não era visto desde 1995! Disse para a minha mulher: Olha para o teu lado que eu olho para o meu pode ser que a gente o veja. Disse a minha mulher: olha que eu se calhar já não o conheço. Nisto eu só me lembro de dizer alto para ela: é ele, é ele! Eu a chegar ao cruzamento e ele (o nosso amigo Natario) a passar na passadeira! Incrível! Tive de arranjar maneira de encostar o carro sem o perder de vista e ir a pé ao encontro dele. Era mesmo o nosso companheiro e amigo Natario. Conheceu-me logo. Com as lágrimas nos olhos abraçou-me. Ficamos alguns segundos em silêncio antes de dizermos alguma coisa um ao outro. Depois, com a voz rouca e em tom baixo ( pois é doente da garganta) disse-me: o que é que andas aqui a fazer? E eu disse: não sei! E contei-lhe como fui ali parar. Fomos a um café, e começamos a desfolhar o livro das nossas memória.
Ficou a promessa de ir ao nosso próximo convívio.
O encontra estava a chegar ao fim. Um longo abraço de despedida com as lágrimas nos olhos onde ele me disse, para que através do nosso blog, eu em nome dele, mandasse um grande abraço com amizade para todos os companheiros da 2415. Ele não tem computador. Viu duas ou três vezes o nosso blog no computador de uma pessoa de família.
É uma história, que para muitos pode não ter importância mas para mim, tem-na toda. É curioso, que muitos alunos nas escolas (quando se sobre a guerra) perguntam, porquê tantos almoços de convívio. É um facto. Para mim, (é a minha opinião) as amizades criadas na guerra através da convivência em ambientes que nos podem levar á morte ou á deficiência e ainda da separação á chegada, é uma amizade diferente das outras. Sendo assim, os encontros em convívio ou encontros como este que acabei de descrever, têm toda a importância. Têm sim.
Aqui vai a foto que regista o nosso encontro.
Para todos com amizade, um grande abraço. SANTA.