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31 agosto 2014

ACONTECE...

Camaradas. A máquina falha, o homem falha  e eu se calhar também falhei em alguma coisa, pois o poema saiu com gralha!!Sendo assim aqui vai a correção:


As palavras: alto; transporta; sobressalto; madrugada; flor; madrugada, e também, estão no lugar errado. Pertencem á coluna da direita.


Com as minhas desculpas. SANTA.

AGORA VOU DE FÉRIAS...

Camaradas da 2415 e de todos em geral. Agora vou de férias rumo á Figueira da Foz até ao dia 13! Segundo dizem, agora é que vai começar o verão. E eu que não gosto da água fria, pode ser que agora possa estar mais quente! Entretanto , quando chegar, espero ter no blog artigos novos. Sim! Porque para férias o computador não vai comigo. Ele é que fica em casa de férias!!! Também tem direito!
 Achei por bem (muitos não conhecem e poesia cabe bem nas férias), falar no nosso blog, de Carlos do Carmo. Como sabem ele foi galardoado com um "Grammy". Escolhi um poema com musica : José luis Tinoco e letra de Ary dos Santos "UM HOMEM NA CIDADE":

Agarro a madrugada                                   cresce na vela da canoa.
como se fosse uma criança,                         Sou gaivota que derrota 
uma roseira entrelaçada,                            todo o mau tempo no mar alto.
uma videira de esperança.                          Eu sou o homem que trasporta
Tal qual o corpo da cidade                         a maré povo em sobressalto.
que de manhã cedo ensaia e dança           E quando agarro a madrugada,
de quem, por força da vontade,                 colho a manhã como uma flor
de trabalhar nunca se cansa.                    à beira mágoa desfolhada,
Vou pela rua desta lua                              um malmequer azul na cor,
que no meu Tejo acende cedo,                  o malmequer da liberdade
vou por Lisboa, maré nua                         que bem me quer como ninguém,
que desagua no Rossio.                            o malmequer desta cidade
Eu sou o homem da cidade                      que me quer bem, que me quer bem.
que manhã cedo acorda e canta,             Nas minhas mãos a madrugada
e, por amar a liberdade,                           abriu a flor de Abril também,
com a cidade se levanta.                          a flor sem medo perfumada
Vou pela estrada deslumbrada               com o aroma que o mar tem,
da lua cheia de Lisboa                            flor de Lisboa bem amada
até que a lua apaixonada                       que mal me quis,  que me quer bem.                         

 E agora, de carro cheio vou partir, desejando a todos aqueles que agora também vão de férias como eu, umas boas férias para todos. Aqueles que já gozaram, espero que tenham tido uns dias bem passados. Isto é: que tenham tido também umas boas férias.




Para todos um grande abraço deste camarada amigo:

                                                                                                SANTA

                                                                                                                                                        

24 agosto 2014

QUEBRANDO A MONOTONIA DO NOSSO BLOG...

Pois é. Está tudo de férias ou estou errado? Nada se passa no nosso blog! Nem um olá, nem um olé!! É a maldita preguiça? Também um pouco!
Eu sei que da nossa parte os assuntos da nossa guerra já vão sendo poucos. Mas, ainda existe muita coisa para contar da parte de alguns camaradas nossos (preguiçosos)  que teimam em não nos ligar nenhuma!! Mesmo assim, o nosso blog é uma fonte de contacto entre nós (isto é: da nossa amizade) e nem só dos assuntos de guerra ele vive. Isto é a minha opinião.
Hoje ( Domingo) fui dar uma volta também para quebrar a monotonia  caseira! Saí de manhã direitinho á praia de Mira (suave, 60 -80 á hora ), acompanhado de uma mulher casada (a minha esposa. Claro).
O dia esteve radiante, com muito sol, mas muito vento para o meu gosto! O ambiente que envolvia toda a zona era de uma tremenda confusão. Muita gente e muito trânsito. Lá arranjei lugar para a viatura. Dei umas voltas, peguei novamente na viatura, fiz inversão de marcha e rumei até á praia da Tocha. Aqui menos gente (também a vila é mais pequena). Estava na hora de matar a fome! E sendo assim, lá foi uma feijoada de marisco. Dei uma voltinha, bebi o café numa esplanada frente ao mar e regressei. 
A certa altura, olhei o relógio e vi que eram horas do lanche. E que tal uns pastéis de Tentúgal ? Olhei para a minha esposa e recebi sinal positivo! E então, como não se pode gastar muito, ( é a crise) lá foram dois cafés e dois pastéis. Meti-me novamente á estrada, direitinho a casa. E assim passei o meu Domingo. Descontraído e feliz!
Dirão alguns: mas este fulano está aqui no blog com esta conversa para quê? E eu digo: para que sim!! É para demonstrar que é assim que muitas vezes se combate a solidão e se carregam as pilhas da nossa cabecinha! Enquanto se puder andar...

E agora para quem não conhece:




Vista aérea da praia da Tocha



Praia da Tocha



Praia de Mira


Vista aérea de parte da praia e a sua famosa lagoa, onde se podem dar bons passeios de "gaivota"



Tentúgal

E os famosos "pastéis"


Um grande abraço para todos. E para quem ainda estiver de férias, boas férias.

SANTA

11 agosto 2014

O PASSADO. QUE PASSADO?

Como prometi, vou falar sobre as visitas que por vezes faço ao passado.
Foi á pouco tempo. Lembrei-me e fui dar um passeio com a minha mulher e o meu neto pela Serra dos Candeeiros. Aqui, lembrei-me das noites que passei aqui em exercícios na companhia do nosso camarada Salgueiro Maia e J. M. Casqueiro entre outros. Claro, já la vão aproximadamente 50 anos. Olhando a serra, não consegui localizar o sítio onde estivemos a não ser uma pequena aldeia que ficava no seu interior onde julgo ter comido uns carapaus secos ao sol com broa e vinho tinto! Isto durante uma fuga aos exercícios!! Viemos alguns serra abaixo desafiando a sorte! Mas correu bem. E os carapaus foram todos!! De seguida, fui até Almeirim comer uma sopa de pedra. Depois da barriguinha tratada, subi para Santarém para mostrar ao meu neto e á minha mulher o Museu Salgueiro Maia. Pensava eu muito bem! Só que o museu desapareceu da E.P.C. Fiquei desapontado. Ninguém me soube explicar muito bem por onde anda este museu! Mais uma vez, parece que o nosso passado com história anda pelas ruas da amargura. Só que o meu desapontamento não ficou por aqui. Entrei dentro da E.P.Cavalaria. Julgava eu que iria reviver o tempo que por ali passei com um pouco de nostalgia mas também com um pouco de alegria por estar ali. Julgava eu que iria mostrar (principalmente ao meu neto) a encantadora E.P.C. de que tantas vezes lhe falei. Não. Encontrei praticamente tudo abandonado. Com certeza que alguns camaradas já passaram também por lá e constataram o mesmo que eu. E. P. Cavalaria de Santarém era (na minha opinião) um esmero de quartel embora a disciplina ser um pouco rígida.
Não digo mais nada. Só vendo!



Esta era a entrada. Só resta no cimo o símbolo.


Quem por ali passou, lembra-se deste local. Era onde se tinha aulas sobre armamento e outros....


Aqui é (era) o campo onde se jogavam algumas modalidades desportivas.


Aqui eram as cavalariças!


Chega para elucidar o estado em que certas coisas chegam.... Eu sei que não devia mostrar estas coisas. Peço desculpa. Foi mais forte do que eu. Valeu a Serra dos Candeeiros, a sopa da pedra e a visita ás Salinas de Rio Maior.

Já agora. Conhecem a historia da "SOPA DE PEDRA"? Se calhar muitos não!

Então ela aqui vai para desanuviar um pouco!





Um abraço. SANTA.

03 agosto 2014

RETROSPETIVA

Pois é! 23 de Julho de 1968. Já lá vão 46 anos. Data bem lembrada á pucos dias atrás pelo Soares. Quantos mais anos passam e parece que a nossa memória teima em não apagar! É a nossa entrada para a vida militar, é o ter andado de quartel para quartel até termos chegado ao último, ( Cavalaria 7), que nos acolheu para formar companhia para rumarmos a Moçambique. Não poderia faltar aqui, o célebre 10 de Junho de 68 onde estivemos nas cerimonias do Terreiro do Paço perante uma tribuna de gente importante (seria ?)  Aqui começava a nossa odisseia marítima no paquete Vera Cruz. Hoje ainda se contam histórias passadas no interior deste navio. Navegando por águas de cor azul e profundas, eis que ao fim de alguns dias chegamos a L. Marques (8 de Agosto) onde desfilamos perante as autoridades militares e civis e claro, para o povo ver!! Daqui partimos para a Beira e depois Nacala. Aqui, iria começar outra odisseia, desta vez, ferroviária! Era o famoso comboio do Catur. Uma viagem que se não esquece facilmente e que já no nosso blog foi contada com grande mestria pelo nosso camarada Ex. Furriel Paulo. Seguidamente, o trajecto até Lione sede da 2415. Viagem que também já foi relatada no nosso blog. Depois, os celebres destacamentos de Chala e Matipa... Estes dois destacamentos,  também  ficaram celebres por muitas historias bem pitorescas. Algumas ainda estão por contar no nosso blog.  Em seguida, fomos para outra zona. A companhia 2415 foi fazer operações na zona do Luatize e em Tenente Valadim passando por Nova Viseu.
Além de tudo isto, foram as patrulhas no mato, as colunas para Vila Cabral e para os destacamentos, as emboscadas e o ficarmos atolados na picada e ainda os ataques e as minas. De tudo isto, fica a parte mais sombria. Foram os 7 mortos e feridos (alguns com gravidade) que sofremos. 
Depois de tudo isto, a guerra começava a ficar para traz. Veio então um pouco mais de descanso. Veio a 2415 para baixo em direção a António Enes ( liope e Savara) e ainda na Ilha de Moçambique e Menapo. Era o tão desejado regresso que se aproximava. A 31 de Agosto de 1970, embarcava a 2415 no navio Pátria rumo á Metrópole.
23 de Julho de 1968! Já lá vão tantos anos!! Hoje, nos nossos convívios, quer a nível de companhia ou a nível particular, todas as histórias passadas, são relembradas e a maior parte delas com uma fidelidade impressionante. Por vezes, com um pormenor aqui ou ali que alguns desconheciam.
Ao fazermos 46 anos do nosso embarque, (dia de má memória para todos nós e não só), é deixar aqui a retrospetiva  mesmo que resumida da 2415 por terras de Moçambique.

Se alguém quiser acrescentar mais alguma coisa ou retificar está à vontade. 

As lembranças ecoam pela nossa memória. É o passado que por vezes eu tento visitar e quando tenho essa possibilidade faço-o. Por vezes fico com uma decepção que nem fazem ideia. Fica para a próxima!

Para todos um grande abraço. Santa.