"Clique" na imagem acima para saber os resultados em pormenor (até à sua freguesia ! ) (Falta a emigração)

29 janeiro 2014

MAIS UNS ACHADOS DA MINHA PESSOA!

              
Por: F. Santa





A primeira foto é em Estremoz. As outras são todas em Santarém. Na última podem ver-se os “Ferrari” da Escola Prática de Cavalaria  (carros de combate M 47 se não estou enganado).


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Eis as magníficas no hospital militar de L. Marques! As senhoras das esferográficas, dos maços de tabaco e dos aerogramas. Só isto! O resto era fachada. Era a graxa do fascismo...


                                  Para todos um abraço. SANTA.

18 janeiro 2014

MULHER COMBATENTE (Poema)

Por:  F. Santa 

A última poesia de Lurdes Loureiro extraída (com sua autorização) do  livro “Mulher Combatente”:


Mostra-te bem por dentro, mostra bem quem tu és
Unge a alma magoada de remares sozinha contra as marés
Levanta a voz desse silêncio, com um sorriso ou uma lágrima
Havendo quem entenda és livro aberto em qualquer página
Em tua honra, em tua glória, ouso dizer isto solenemente…
Reside em ti a força de segurar o vento! Oh baluarte resistente!


Como não existisses nas epopeias da colonial guerra
O teu lugar é por aí…entre o Céu…o Mar...ou a Terra
Moras no silêncio desprezado que a Pátria te deu, ou mulher corajosa
Bem – aventurada porque amas a paz e não a guerra, ou mulher valorosa!
A tua arma invisível não tem o som dos morteiros ou das granadas
Tem a arte de sorrir…Vás pela estrada, ou vás pelas picadas…
Entrincheirada na vida carregas tudo o que tens…E não só!...
Nos teus ombros puseram o fardo de moer grão, sem teres mó…
Talvez alguém te retire da sombra…Talvez um dia qualquer
E farás História, na honra que te cabe, por seres MAIS do que apenas

                                   MULHER!!

Comprem o livro. Vale a pena.
Encontra-se à venda nas livrarias como a Bertrand.

Para todos, um abraço do Santa com votos de continuação de um bom ano!
        
                                                
SANTA


08 janeiro 2014

“TUAS LÁGRIMAS” (Poema)

Por: F. Santa           



De Lurdes Loureiro,

 extraído (com sua autorização) do seu livro:

 MULHER COMBATENTE.

 


   “TUAS LÁGRIMAS”

Tuas lágrimas cor do mar
Desse mar que te levou
Os teus sonhos de princesa
Tuas lágrimas cor do mar
Que ninguém soube enxugar
Por desconhecer tua tristeza!

O mar devolveu-te um navio
Com destroços para cuidar
Tua alma de branca espuma
Escondeu-se dentro da bruma
Por nem poderes chorar!

O mar galgou a terra…
O teu peito e o teu ventre…
Tu és também destroços da guerra
Que abram os “cegos” a alma negligente
Porque tu és NOBRE e és GENTE!

Nasceu agora este poema
Que nem sei como lhe chamar
Pois tudo é pouco, tudo é insuficiente
Para ti, MULHER COMBATENTE
Por muito, por muito, te querer dar!

Talvez este poema
Com amor, no seu esquema
E sem nome para lhe chamar
Seja apenas um branco lenço
Para tuas lágrimas enxugar!


 Isto foi um pequeno doce! Agora? Agora é comprar o livro que tem como titulo: MULHER COMBATENTE. Estilhaços Silenciosos da Guerra Colonial. Desde já, agradeço à autora LURDES LOUREIRO a autorização para publicar no nosso site as três poesias. A mulher não pode ficar de fora da problemática da guerra. Elas também tiveram o seu sofrimento e continuam a tê-lo. Nada deve ficar esquecido. A guerra não foi uma miragem. Foi uma realidade que não se pode esconder e nem tão pouco esquecer! A sociedade já não se lembra dela. Resta apenas os nossos filhos e os nossos netos (com um pouco de boa vontade) para a lembrarem. Depois o que resta? Resta o esquecimento. A lembrança? Essa? Só através das campas nos cemitérios e pouco mais.

                       Termino com um grande abraço para todos.

                                                          SANTA


02 janeiro 2014

“OS RAPAZES” DO MEU PAÍS (Poema)

Por: F.Santa 
                              
Da autora do livro Mulher Combatente, que mais uma vez  vos digo que devem ler, com a sua devida autorização aqui vai mais um dos três poemas que vos prometi.


De Lurdes Loureiro:

“OS RAPAZES” DO MEU PAÍS 
                          
Tinham eles vinte anos
Os amores de tanta gente
Fosse ele um amor qualquer
Estava sempre uma mulher
A chorar constantemente

Tinham eles vinte anos
Rapazes da minha terra
Com sonhos no peito ardendo
Foram p’la Pátria morrendo
Foram mandados pr’a guerra

Tinham eles vinte anos
Rapazes do meu país
Por uma Pátria maior
Suportaram medo e dor
Que na alma eram raiz

Já não têm vinte anos
Rapazes do meu País
São homens rindo e chorando
O silêncio suportando
De guerra que ninguém quis

Têm bem mais que vinte anos
E ninguém sabe quem são
Incontáveis estilhaços
Cortaram-lhe a alma em pedaços
Magoam o coração

São eles heróis se escolta
Numa Pátria a apodrecer
Só quero gritar revolta
Que da minh’alma se solta
Contra quem nem quer saber!

E se conto em alta voz
Foi porque Deus assim quis
Que jamais nenhum de nós
Esqueça os “Rapazes-avós”
Rapazes do meu País


Devemos sempre ter na nossa mente, tudo o que se passou na nossa juventude no que diz respeito á guerra. Ela foi injusta para todos nós. Ela não acabou definitivamente. Ela só acabará quando morrer o último combatente, o último deficiente, e a última mulher do combatente.

                   Para todos com um grande abraço. SANTA: