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28 novembro 2011

TRES CENÁRIOS...

Por: F. Santa


O seu browser pode não suportar a apresentação desta imagem.    Mostrando agora a outra face da guerra, vejam o que faziam as minas às viaturas! E agora imaginem. Se a Berliet ficou assim como ficaram os  camaradas que nela seguiam? Isto serve para verem o que realmente uma mina podia fazer a uma viatura pesada. Muitas vezes não era só a mina que rebentava por baixo do veículo, eram também  as que eram semeadas nas bermas da picada para apanhar quem saltasse na altura do rebentamento. Seria tudo muito mais eficaz para eles (os nossos inimigos de altura).
Esta foto foi tirada pelo Batalhão de Caçadores 3309 em Moçambique quando faziam a picada entre Negade e Pundanhar. Bem hajam todos aqueles que tiraram fotos da guerra. Elas servirão para memória futura.
               

CONTINUANDO A RELEMBRAR:
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Vejam esta foto. Não. Não  é uma passagem de modelos. Segundo me parece é em Lione à porta da cantina e foi num Domingo. Será? O dos óculos é o Furr. Vale, ao lado   é o Furr. Braga, à frente do Braga é o Furr. Faria e  à frente do Vale é o Furr. Natário.  
Já agora gostaria de falar sobre o Vale. Já não o vejo há alguns anos. A última vez   foi em Coimbra. Constou-me que estaria em Lisboa com dificuldades. Esperamos que não seja verdade.   Deixo aqui um apelo a quem possa saber alguma coisa dele, que entre em contacto com o nosso blog. É um camarada nosso  que nos tratou muitas vezes da saúde ...

 

 Alguém se lembra deste cenário? Pois é. Estive lá algum tempo para tentar recordar mas está tudo alterado em relação à época, embora tivesse indícios do sítio onde estivemos acampados. Então já se lembram? Ora aí está: Fonte da Telha. Foi aqui que fizemos a célebre semana  de campo (já nem me lembro bem  se tinha outro nome...). Foi mais ou menos nesta zona de praia que fizemos uma prova de tiro e rebentamentos de trotil. Comentem por favor!
                  
                                          Com os votos para que todos estejam bem. SANTA
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13 novembro 2011

O QUE TEM A VER A CASA DA SANDRA COM NÓ GÓRDIO ?


Acho que já o disse aqui no blog que li o "Nó Cego" há mais ou menos 20 anos atrás. Reli-o, agora, de novo e, desta vez, o gozo foi maior, talvez porque tenho mais paciência e tempo disponiveis. Entra-se naquela trama com a maior das calmas, assim a modos como se tivesse feito parte daquela companhia. E, o gozo é maior porque nada daquilo é estranho, tudo nos é familiar.
Vem isto a propósito também por causa da "Casa da Sandra" em Nampula que o autor Carlos Vale Ferraz fez questão de  bem    frizar  na obra.  Aliás, naquela época,  no meio militar,  era tão conhecida  ou mais do que o Q.G.  
A mim aconteceu-me algo idêntico quando da minha passagem por aquela cidade e que relembro com alguma satisfação.
 Em Agosto 1970 desloquei-me a Nampula para uma consulta médica no hospital.  Asilei em casa dum amigo que, nós militares,  costumavamos chamar o "amigo da terra" a todos aqueles que lá estavam inseridos e que daqui partiam com as familias deixando a pobreza para trás. Era o Barros e tinha uma oficina auto com a respectiva bomba de gasolina, numa rotunda de onde saía, sempre a subir, uma avenida direita ao Q.G.
Foram alguns dias bem passados a carregar baterias, pois a guia de marcha de regresso ao mato era para ser cumprida. Além da excelente hospitalidade e  mordomias que me foram oferecidas por aquele amigo, concerteza que não podia faltar uma visita ao local mais   famoso  da cidade.  Lembro-me como se fosse hoje,  a penumbra originada pela pouca luz e pelo fumo das centenas   de cigarros ali fumados, muita gente de camuflado  que ali ia gastar, quem sabe,  parte do pré recebido,   em whisky e cerveja. Elas, as "entretainers", muito poucas, mesmo para consolo dos olhos. Se calhar naquele dia houve inspeção ou, talvez, porque ainda não tivesse  chegado novo carregamento  proveniente do Cais do Sodré!
Depois de alguma conversa com conhecidos do Barros, sempre de copo na mão para os obrigatórios "saúde",  a  noite terminou e regressámos à base.
Em tantos anos de guerra  quem sabe quantos milhares de  militares fizeram esta mesma  peregrinação nocturna?    Estou em crer que muitos, certamente!
Daí que a "Casa da Sandra" tivesse entrado, de pleno direito, neste excelente livro intitulado "Nó Cego", que não é mais nem menos do que uma alusão à célebre operação "Nó Górdio" mandada efectuar pelo Gen.Kaulza de Arriaga na zona de Cabo Delgado.
Aproveito para recomendar  vivamente a sua leitura.



 

11 novembro 2011

Numa boa !!!


 Por: F. Santa 
  Olhem que quatro! Da esq. para a dir., O furr. Quintino, o Furr. Morgado, o Furr. Braga e ainda o Furr. Vale. Como vêem, todos empenhados na leitura! Cá para mim, já estavam de partida...

E esta?

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Na foto seguinte, julgo ser em Chala. Será? A quem o Furriel Quintino está  a esfregar a cabeça?

       Como vêem, tantos episódios para comentar. E muitos mais haveria se muitos dos nossos camaradas assim o quisessem!




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Sem mais, um abraço. Santa.




06 novembro 2011

06-11-1969 NÃO ESQUECEMOS

(Lápide no Monumento do Bom Sucesso em Lisboa)
O João V. Santos foi o último dos nossos camaradas da 2415 morto em combate: tinha sido ferido na explosão da mina do dia 30 do mês anterior, quando o Peniche e o Corado tiveram morte imediata, na picada entre Luatize e Tenente Valadim.

Foi aqui publicado no ano passado um expressivo texto do vizinho e amigo de infância dos seus filhos, sr. António Matos, que aconselho a reler ("clicando" aqui), pela sua tocante humanidade. É também uma homenagem à viúva, D.Conceição, e nela a todas as heróicas Mães de órfãos de guerra.